Jornal de Letras
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ARQUÉTIPOS

Continuando com apostas na BD brasileira, a Polvo tem editado vários livros cuja filiação se identifica facilmente pela temática e alcance; livros que, e isto não tem nada a ver com qualidade ou interesse, se tem a sensação de já se conhecer folheando, ainda antes de iniciar a leitura. Mas há surpresas. Como "Tungsténio", de Marcello Quintanilha. (No JL o texto saiu com um título diferente, ignoro porquê)

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COPACABANA

Discorrer sobre a produção de um país com base apenas em alguns exemplos soltos é sempre perigoso. Se do Brasil há muito havia notícia de uma pujança em termos de edição e produção de banda desenhada (desde logo o "império" de Maurício de Sousa), a editora Polvo tem-se empenhado noutro tipo de propostas. Nem sempre é possível apostar nos melhores, alguns já bem conhecidos em Portugal (como Lourenço Mutarelli), outros infelizmente menos (Gabriel Moon/Fábio Bá, desde logo), mas as escolhas têm sido sempre estimulantes e reveladoras, por diferentes motivos.

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LEVIATÃ

Livros recentes como "Papá em África", "O estrangeiro" ou "Habibi" evocam grandes questões do nosso tempo, que tendem a ser simplificadas de modo dicotómico, em variações de estilo que vão do grandiloquente, ao apaziguador e ao sarcástico, mas que são basicamente lineares. "Nós" contra "Outros". A questão é apenas saber quem encaixa em cada categoria, quão distantes estão entre si, como se abordam. Apesar da complexidade aparente da sua estrutura, ler "Cachalote" é, neste contexto, quase um alívio, porque os "Outros" estão próximos, não à distância de uma civilização.

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FRAGMENTO

Por vezes surgem livros surpreendentes que a princípio nem sabemos bem como abordar. "Cidade suspensa" de Penim Loureiro (Polvo) é um desses livros.

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REGRESSÕES

A lusofonia tem sido uma boa aposta da banda desenhada nacional nos últimos anos, com vários projetos a emergir dos PALOPs, e a edição de obras de alguns excelentes autores brasileiros.

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REPORTAGEM

Para promover o poder reflexivo-evocativo da banda desenhada com exemplos que saem fora da percepção comum há dois géneros-chave. Por um lado a BD autobiográfica/diarística (como "Fun Home"), por outro a BD de reportagem/documentário (como o trabalho de Joe Sacco), sendo que por vezes as duas componentes se mesclam ("Persepolis", "Maus"). Em Portugal começam também a surgir exemplos que vale a pena ler e discutir. (texto publicado no JL-Papel)

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FAVELAS

Quando se fala em ligações culturais ao Brasil a sensação que fica é que, Fernando Pessoa à parte, se fala (muito) mais do que o que se faz, com a exceção eventual da música. E mesmo nesse caso a relação parece enviesada. Com a banda desenhada é igual. Fora o incontornável império de Maurício de Sousa, ou algumas tentativas (Devir, BD Jornal) das quais se destaca a obra do notável Lourenço Mutarelli, a BD brasileira não tem tido uma divulgação muito notória entre nós. Por vezes alguns trabalhos até chegam, indiretamente, via EUA, não só devido aos autores a trabalhar em super-heróis, mas, por exemplo, à excelente dupla Fábio Moon/Gabriel Bá, da qual se recomenda vivamente o galardoado "Daytripper", editado pela Vertigo e pela Titan Books em 2011. (Texto Publicado no JL/Papel)

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PERDAS

É sempre fascinante quando um autor procura um país que não o seu. Exceto, talvez, quando esse país é o nosso. Figura de destaque no último Festival da Amadora o autor francês luso-descendente Cyril Pedrosa viu editados entre nós dois importantes livros, Três Sombras e o multipremiado Portugal.(texto publicado no JL-Papel)

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Composição: Obras do 23º AmadoraBD, Parte II

Repete-se: nem todas as obras foram apresentadas no AmadoraBD, mas estiveram em destaque no evento. E algumas merecem um tratamento mais individualizado, por diferentes motivos. Desde logo registe-se a qualidade média notável das propostas. Conclusão da entrada anterior.

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MULTIPOLARIDADE

A versatilidade é algo que se preze num autor? Ou prefere-se que este se cinja a um mesmo tipo de registo, e não "traia" os seus ideais, pelo menos do modo como são entendidos por leitores, críticos ou pares?(Texto Publicado no JL- Papel)

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Virtude, Parte II

O homem põe, o espaço dispõe. Breves notas sobre livros saídos no último Amadora BD(texto publicado no JL-Papel)