Pedro Marques Lopes
O triste altar da cobardia política
Que diabo quer um político que pensemos dele quando, a seis meses de um evento decidido há quatro anos, vem dizer que afinal vai estudar melhor o assunto? Sendo que não quer que lhe chamemos incompetente e irresponsável, só lhe podemos chamar cobarde
A crise política, o lamaçal e os moderados
Esta crise confunde-se com o ambiente instalado, em que se convenceu boa parte das pessoas de que os políticos são por defeito desonestos e incapazes
Os salários dos gestores e o capitalismo
A desigualdade e a perceção da existência de uma casta de ungidos são letais para o equilíbrio de uma democracia. Não há nada que contribua mais para o deslaçamento social
Coisas que se dizem, e não são bem assim
A probabilidade de o Governo se manter no poder até ao fim do mandato é infinitamente superior à de ele se ir embora
O perigo do “nós e eles”
Esta espécie de divisão social é reforçada pela sensação, cada vez mais intensa, de que o que realmente conta é pertencer à família socialista
O Presidente, o primeiro-ministro e a bolha mediática
Se a sondagem, no que diz respeito ao Presidente da República, evidencia a tal derrota da bolha, já em relação ao Governo exibe também uma terrível derrota da oposição
Contra Hitler ou Putin, a mesma luta
A guerra era algo que estava extinto no nosso mundo, um fenómeno distante, que acontecia em sítios onde a civilização ainda não se tinha completamente imposto
Viva o Presidente Marcelo
Ninguém tem cumprido tão bem a tarefa de evitar o fenómeno populista, ao ser o primeiro a chamar à atenção, em vários discursos, para esse perigo e ao denunciar o racismo e a xenofobia
As forças de segurança e a cobardia do poder político
O aparente choque de muitos com as investigações de um consórcio de jornalistas e da VISÃO foi a maior prova de que andamos todos a fingir que não vemos – seja por ser demasiado embaraçoso, e não querermos ver, seja por medo
Referendo sobre eutanásia?A democracia não é um achar
Pelos vistos, o presidente do PSD pensa que todos os portugueses têm o tempo e a possibilidade para pensar em todas as implicações da eutanásia. E ainda que tivessem, não é essa a democracia em que vivemos. Pedro Marques Lopes sobre o referendo à eutanásia defendido pelo PSD
A importância do futebol
Só quem vive numa bolha pretensamente intelectual e nunca teve o mínimo contacto com as diversas comunidades espalhadas pelo mundo é que desconhece a importância do futebol para os portugueses
Brincar às Constituições
Estamos perante uma enorme perda de tempo e o que é também mais uma declaração explícita do divórcio entre as preocupações dos cidadãos e os partidos de poder
A política e a Justiça
Tudo isto resulta num ambiente que descredibiliza toda a classe política e que protege os verdadeiros corruptos e praticantes de compadrio. Nada garante mais a impunidade dos verdadeiros corruptos do que o clima de que “são todos iguais” e de que “anda tudo a roubar”
A democracia sobreviverá?
Se estávamos muito convencidos de que as instituições iam ser o seguro de vida, bastou um mandato de um tipo como o Trump, e num país que julgávamos ter as mais fortes instituições, para percebermos a sua fragilidade
O centro-direita precisa de quem o represente?
E como estou convencido de que a campanha de extremar o PSD tem muitas possibilidades de sair vitoriosa, só resta, a quem é de centro-direita, tem voz pública, vontade e rejeita este rumo, criar uma alternativa nesse espaço. O outro caminho é ficar em casa e ver o País flutuar entre os socialistas e a extrema-direita
Candidaturas presidenciais e militares nos quartéis
Uma possível entrada na corrida de Gouveia e Melo seria a continuação desse mal nacional que é o sebastianismo, promove a ignorância, será uma vitória para o discurso antipolíticos que é na essência um discurso contra a democracia e é um recuo perigoso no que deve ser o comportamento dos militares num país democrático
“O maior risco para a democracia atual é a captura da direita moderada pela extrema-direita”
Pedro Marques Lopes e Bernardo Pires de Lima, cronistas da VISÃO, refletiram sobre os riscos para as democracias liberais, em Portugal e no mundo, no VISÃO Fest. Com “crescente preocupação” com o progresso dos movimentos extremistas. Veja o vídeo
A campanha contra Marcelo Rebelo de Sousa
O dramático e paradoxal é que o eleitorado já exprimiu, por mais do que uma vez, que quer uma alternativa de centro vinda da direita, e no espaço público político são muito raros os que a defendem e lutam por ela
Os políticos e os inimigos da democracia
Que ninguém se iluda, estes pseudocasos fazem parte de um processo, de uma estratégia, que tem como objetivo destruir a democracia. Que este propósito existe, ninguém tem dúvidas, mas ver tanta gente, que supostamente a quer defender, a colaborar com os amantes das ditaduras é o sinal mais alarmante de que estes estão a vencer
Os jogadores de futebol e o Qatar
Ou o futebol está entregue a gente que não percebe nada do que ele representa como fenómeno social ou está entregue a gente que tanto podia vender sabão ou futebol e é profundamente corrupta
Ventura agradece, o PSD não
A legitimação do Chega esvazia o PSD de conteúdo político e doutrinário. Aliás, a maioria dos deputados social-democratas percebeu bem isso e não cumpriu as ordens do líder