Opinião

Abril ora chora, ora ri*

só a falta de memória e a iliteracia política e histórica (que desmentem a ideia de que temos a geração mais bem preparada de sempre, como veremos...) permitiriam concluir que, ao fim de 50 anos, teríamos mais razões para chorar do que para rir

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Ajustar contas, antes de Belém

Se, relativamente a Cavaco, Passos Coelho se limita a concluir que, por vezes, o ex-Presidente mais desajudou do que ajudou o seu governo, ou que Montenegro se tem afastado da herança desse mesmo governo, a forma como tratou Paulo Portas é verdadeiramente letal

Opinião
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O combate do Governo

O Governo nunca será capaz de fazer reformas estruturais, a não ser que consiga alguns acordos de regime com o PS (por exemplo, na área da Justiça). Um governo de combate é então o quê?

Opinião

Chegar aos emigrantes

O discurso Big Brother e a linguagem TikTok, fáceis, simples, sem nada lá dentro, mas plasticamente consumíveis, não obrigam a pensar

Opinião

Isto já não é só protesto

A direita portuguesa vai ter de lidar com o Chega, parceiro incontornável de futuras soluções. Mas, se o PS pensa que o problema é da direita, está bem enganado. Se o populismo crescer a este ritmo, sociais-democratas e socialistas serão devorados pela mesma vertigem: o que move os eleitores votantes do Chega, que até se apresentou ao eleitorado com demagógicas promessas de esquerda, não é a ideologia

Editorial

Entre o "cool" e a matrafona

Se 2024 terminasse hoje, uma das palavras do ano seria o pronome pessoal “eles”. Os políticos exigem-nos ruturas que não desejamos fazer. E obrigam-nos a escolher entre o branco e o preto. O centro desapareceu. Por isso é que há tantos indecisos. Na dúvida, vota-se no mais cool

Opinião

Passos, o totem e o tabu

Esta “ajuda” de Passos surge no início da campanha, e não por acaso: o assunto fica arrumado e ele fica despachado. As animadoras sondagens dispensavam-no, mas a política não

Opinião

Fazer o que nunca foi feito

Nunca, na história da democracia portuguesa, os socialistas viabilizaram um governo do PSD

Opinião

A OPA hostil ao PSD

Afinal, Nuno Melo cometeu uma gaffe ou disse o óbvio, depois de declarações anteriores de Montenegro?

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AD lança os seus dados

Hoje, o líder, em vez de negociar, tende a recompensar os que apoiaram a sua ascensão e a punir os que se lhe opõem. O resultado disso é que, uma vez removido, o seu substituto pode nem sequer ter sido eleito deputado, e não tem, portanto, oportunidade de debater, no lugar próprio, com o primeiro-ministro

Opinião

Ventura torce por Pedro Nuno?

Em todos estes cenários, é preferível, para o Chega, uma vitória de Pedro Nuno Santos, desde que haja uma maioria de direita. E em nenhum caso uma vitória de Montenegro lhe será útil

Opinião
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Marcelo e o “Gémeasgate”

Marcelo não deu, de facto, uma ordem, não fez um pedido, nem deixou uma sugestão: não teve intervenção direta. Mas o PR não ignora que, ao mostrar o seu interesse num determinado caso concreto e particular, esse caso será tratado de forma distinta de qualquer outro

Opinião
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A diabetes da democracia

Com total previsibilidade, os candidatos que disputam a liderança socialista, ainda antes da campanha eleitoral nacional, já se atropelam no leilão de medidas semelhantes, mesmo tendo em conta que ambos pertencem (ou pertenceram) ao núcleo duro do poder que governou o País, nos últimos oito anos

Opinião

Hoje há pipis e pés-de-meia

Este Orçamento poderia perfeitamente ter sido apresentado pelo PSD, pelo menos nos objetivos (e não, necessariamente, na forma como se chega a eles). Por isso é que, à falta de melhor para dizer, Luís Montenegro apelidou o documento de “muito bem vestidinho, muito pipi”

Opinião
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O nó górdio da canção de Sérgio Godinho

Os 50 anos de democracia surgem no momento em que um dos pilares do Estado Social – habitação condigna para todos – vai ruindo de forma inexorável, com pessoas a viver em casa dos pais, em parques de campismo ou em viaturas

Opinião
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Marques Mendes e a receita de Marcelo

Marques Mendes, alertado pelas campainhas da iminente candidatura de Santana Lopes – e, também, por eventuais aspirações de outros nomes bem posicionados à direita, como Paulo Portas, terá decidido antecipar os próprios timings para dizer a Santana: “Eu é que sou o presidente da junta” – quiçá, amanhã, da República

Opinião
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O verão do banhista Marcelo

No seu “descanso ativo” no Algarve, Marcelo deu novidades quase todos os dias – e uma, bastante importante, foi a da convocação do Conselho de Estado para 5 de setembro

Opinião
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O leilão político das "rentrées"

O lançamento dos dados, por parte do PSD, dá-lhe a dianteira, mas nós já vimos este filme

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Igreja desperdiça o seu principal ativo

Mais de um milhão de forasteiros, a esmagadora maioria dos quais a atravessar uma “idade difícil”, deram, nesse capítulo, dez a zero ao jovem português médio

Opinião

Modelo & detetives

O modelo das comissões parlamentares de inquérito, que baseava o seu prestígio em grandes inquéritos bem-sucedidos, como os dos casos do BPN ou do BES, deu lugar a um desfile de “detetives” que tiraram o curso por correspondência, convencidos de que, ao apurarem contradições relacionadas com mais minuto, menos minuto, num telefonema ou numa mensagem de WhatsApp, estavam a resolver o caso

Opinião

Juros à “Lagard(ère)”

Na verdade, uma inflação um pouco mais alta é preferível a um aumento sem fim à vista dos juros. Com preços altos nos produtos, o consumidor tem, ao menos, a opção de procurar mais barato – ou de consumir menos. Mas quando a hipoteca da casa sobe, então, sim, está agarrado: não há nada a fazer