Sociedade

10 estratégias para fazer novos amigos (quando se é adulto)

Se, na infância, brincar com um menino no parque é o suficiente para "fazer um amigo", na vida dos "crescidos" não é tão imediato nem simples assim. Uma psicóloga definiu 10 estratégias para fazer novos amigos no mundo dos adultos

Sociedade
Exclusivo

A importância de ter amigos à luz da Ciência: O bem que nos faz e os anos que vida que nos acrescenta

Da próxima vez que hesitar em sair com amigos, vá – estar com eles tem repercussões muito positivas na sua saúde, e não estamos só a falar do bem-estar mental. Não manter relações sociais pode fazer tão mal quanto os hábitos tabágicos ou uma alimentação deficiente. No sentido contrário, cuidar de boas amizades dá anos de vida

Guerra na Ucrânia

Os últimos amigos de Putin

Além dos comunistas portugueses, por esse mundo fora, ainda há muita gente ilustre com dificuldade em demarcar-se ou criticar o Presidente russo. Sabe o que significa schrödificar ou quem são os três moscoviteiros de França?

Sociedade

Covid-19: Ainda não é tempo de almoços de família nem de jantares com amigos

Com o estado de calamidade a permitir alguma reaproximação social, as regras de higiene preventivas da infeção pelo novo coronavírus não podem ser postas de lado. Voltar a conviver com familiares e amigos terá de ser ainda de forma muito gradual

Talvez nunca tenha ouvido falar de amigos performativos, mas provavelmente tem um (ou mais)
Sociedade

Talvez nunca tenha ouvido falar de amigos performativos, mas provavelmente tem um (ou mais)

Dar de si uma impressão favorável nos palcos presencial e digital é o novo normal, mas tem um preço: a versão genuína é sempre mais valiosa

O poder secreto dos 'bromances'
Psicologia Quotidiana

O poder secreto dos 'bromances'

Quando eles ‘trocam’ o romance pelos benefícios de estar (e serem íntimos) com os amigos, sem envolver sexo mas com direito a mimos

Se quer que a dieta resulte, é melhor começar a comer sozinho Visão Saúde
VISÃO Saúde

Se quer que a dieta resulte, é melhor começar a comer sozinho

"Amigos, amigos, refeições à parte", este poderá ser o futuro lema relacionado com regimes alimentares. Uma pesquisa recente veio confirmar que a quantidade do que comemos pode ser influenciada por quem estamos acompanhados. Será melhor deixar os afetos de parte na hora das refeições?

Identificada hormona que ajuda a emagrecer com exercício... e com frio também Visão Saúde
VISÃO Saúde

Exercício físico é "contagioso"

É mais um estudo a comprovar o que o senso comum já dizia: a influência de amigos pode ser decisiva na hora de fazer exercício

Caetano e Gil ao vivo, um disco de imersão Se7e
VISÃO sete

Caetano e Gil ao vivo, um disco de imersão

Dois Amigos, um Século de Música guarda para memória futura os concertos que, em 2015, juntaram Caetano Veloso e Gilberto Gil. Só assim, quando as emoções ficam registadas, valem a pena as gravações ao vivo

Os fiéis amigos de Sócrates
Política

Os fiéis amigos de Sócrates

Quem são e o que fazem alguns dos mais próximos de Sócrates?

"Esta neura não se aguenta"
VISÃO Solidária

"Esta neura não se aguenta"

Clara Soares responde a questões sobre psicologia. Envie as suas perguntas para  visaosolidaria@impresa.pt ou  clara.psy@gmail.com

VISÃO Solidária

"Afinal, o que é ser amigo?"

Ando desanimado com a minha vida social. Sempre ouvi dizer que as circunstâncias da vida tendem a afastar amizades antigas mas, de facto, vamos ficando cada vez mais afastados

Dias saborosos VISÃO VERDE
VISÃO Verde

Dias saborosos

Em Marrocos, sem trocos: crónica de apresentação
Viagens

Em Marrocos, sem trocos: crónica de apresentação

Três amigos, um carro, dinheiro contado e 15 dias para descobrir Marrocos. Parta com eles na aventura

Jornal de Letras
Jornal de letras

Boitatá

Reconheci-a à primeira vista, mas duvidei logo ao segundo olhar. Como saber? Não via a Boitatá desde os tempos da escola preparatória e a mulher que via a circular entre as mesas, sentando-se aqui e ali, com este e com aquele, podia muito bem ser uma outra desgraçada qualquer. Nunca faltaram do género por aqui. A Boitatá tinha esse grande traço característico: era igual a toda a gente. Ela era igual a toda a gente que eu alguma vez conheci. E isso, no fundo, devia dar-nos alguma espécie de afinidade. Para ser sincero, nunca mais me havia lembrado dela. Minto. Aqui há uns cinco anos, ao ver uma reportagem televisiva sobre uma miúda que fora vítima de bullying na escola, lembrei-me imediatamente do que ela passou nas mãos dos meus amigos. Dos meus amigos, não, dos meus colegas de turma. Mas logo ela voltou a cair na vala comum das personagens secundárias de que nos esquecemos com o perder dos anos.  Ao vê-la, tantos anos depois, não pude deixar de me sentir incomodado. Nem sei explicar o que pretendo dizer por incomodado, mas o termo terá de servir, por agora, pelo menos. Isto se fosse mesmo ela. Se não fosse era mesmo igual a ela. Mas não havia nem como confirmar, porque, na verdade, eu nunca soube nada dela. O nome dela nem nunca foi Boitatá.Ninguém se chama Boitatá. E ela que era igual a toda a gente, também não se chamava. Devia ter um nome como toda a gente. Um nome próprio escolhido pela mamã e um apelido imposto pelo papá. Mas eu nunca me dei ao trabalho de saber. Nenhum de nós nunca deu. Para nós ela era a Boitatá. E isso bastava-nos. Era o suficiente para que tudo nela nos despertasse o ódio. O dinheirinho sempre certinho. Nem mais nem menos. O lanchinho sempre no cestinho. Não havia dia em que ou o dinheirinho certinho para o autocarro ou o lanchinho, não iam parar ao chão, ao bolso ou ao estômago de um dos meus colegas. Ela nem reagia. Ela nem reagia. Ficava a olhar para nós, para eles. Mas parecia mesmo ela. Gorda. Acabada como já era em miúda, antes de tudo começar. Sempre grande demais para o espaço que ocupava na vida de toda a gente. Sempre grande demais para a sua existência.  Foi num gesto inesperado que a chamei para vir até à minha mesa. Não sou nada dado a estas coisas. E só ali acabei a noite por uma sucessão de acasos. Não é por acaso que aqui estou, hoje, outra vez. O acaso acontece-me muito. Mas não sou como estes infelizes que vivem em casas desta natureza. Lá fora, o néon acendia e apagava, recordando-me do carro mal estacionado e com os quatro piscas ligados. A situação não era de emergência, nem nada parecido, mas alguma coisa em mim reclamava agitação. Prontidão. Foi isso mesmo que disse o Rogério, o cabrão do taxista que costumava estacionar à porta do estabelecimento, à espera de fazer clientela da clientela, um conhecido meu de outros tempos e outras necessidades.- Então, mano? Hoje não é para demorar? Precisa de alguma coisa e rapidamente, não é? E ria-se...Cumprimentei-o com a cabeça e entrei com a maior indiferença que consegui. E ali estava eu, a tentar, em vão, chamar a atenção da Boitatá que parecia nem conseguir ver-me. Era como se não estivéssemos presentes numa mesma época. Como se ela estivesse ainda presa aos anos oitenta e eu nesta primeira década cumprida após a viragem do milénio ou lá o que é isto.Acenei-lhe com vigor, mais parecendo que ordenava a sua presença na minha mesa. O gesto foi então mais familiar para ambos. E acertámos os tempos e as realidades. Foi mesmo o que me pareceu, até porque ela veio quase a correr. A Boitatá. Juro que não pensava demorar. Assuntos do passado não podem demorar no presente. E eu nem sequer gosto destas confusões temporais.- Boa noite!- Olá! - respondeu ela, ajeitando a cadeira para se sentar. - Sabes quem sou? - Não senhor, não imagino quem seja. Nunca o vi por aqui. - É natural, porque raramente venho aqui.- Ah, pois, já eu estou sempre aqui. É difícil ver-me noutro lado. - É estranho, porque das poucas vezes que aqui vim, nunca a vi...- Pois é, mas olhe que se já o tivesse visto, lembrava-me... Reconhecia-o. É diferente dos outros. Tem um ar muito distinto.A espelunca estava quase a fechar. Percebi-o ao vê-la a olhar, minuto a minuto, para a gerência do outro lado do balcão principal. Perguntei-lhe para onde ia a seguir, exactamente assim. - Para onde vais a seguir?- Vou para casa, como toda a gente.Toldado pelo Jack Daniels, dei por mim a enfiar um molho de notas num envelope. Há muito que ando com o dinheiro todo nos bolsos, mas isso é outra história. Mil euros! Nem mais nem menos! Coloquei-lhe o envelope na mão e apertei-lha, para que não a abrisse à minha frente. - É para a tua viagem de regresso a casa...Ela não disse nada e levantou-se. Mas mesmo assim senti-me bem com o meu gesto. E como vi o Rogério junto à porta de saída chamei-o para que a levasse de volta à sua vida. Fosse ela a Boitatá ou apenas alguém muito parecido. Ela assim o fez, depois de passar pelo patrão e de se despedir dele com dois beijos. Ainda a vi sair pela porta, juntamente com o Rogério, sempre pronto para devolver as pessoas aos seus devidos lugares. Julguei que a história acabasse ali. Que saciasse ali a minha fome de altruísmo. Ela nem sequer costuma ser muito manifesta. Isto seria o suficiente para esse fim. O valor exacto, se quisermos colocar as coisas assim nesse plano material. E eu iria à minha vida, refeito, reconciliado, enfim, saciado. No dia seguinte, contudo, vi-me a ligar para o Rogério, esse filho da puta. Soube que a noite lhe havia corrido bem. Ela entregara-lhe o envelope, com todo o dinheiro, para pagar a viagem. Ele derramava-se em risos. - Uma milena! Por meia-dúzia de quilómetros!Tinha ligado para desfrutar um pouco mais da minha acção. E isto não encaixava com a minha expectativa.- Como assim? - Assim mesmo! Ela deu-me um envelope com mil euros! Nem os contou, a estúpida da puta! E ria-se...- A única coisa que me perguntou era se chegava para a viagem. E eu a dizer-lhe que sim, que chegava, que era a quantia exacta! Estava tudo certinho! Oh se estava... - E ela?- E ela disse-me que estava tudo certo, então...- Só isso?- Só isso, não... Mil euros!O filho da puta. Desliguei o telefone e senti-me, lá está, incomodado. É a palavra certa! Queria sacudir as migalhas das memórias, mas elas pareciam coladas à minha pele. Devia ser a crise dos quarenta a afectar-me. Caramba, ela podia nem ser a Boitatá! Além do mais, eu nem sequer era como os meus amigos, os meus colegas, esses cabrões! Eles é que se metiam todos os dias com ela, não eu! Disso lembro-me eu bem. Pobre Boitatá. Tão grande, quase absoluta. Tinha umas meias de lã grossas que a protegiam do frio, mas não dos abusos. Não de nós. Não deles! Não tinha amigos na turma dela, pelo que me recordo, porque chumbara. E tentava, a que custo, dar-se connosco, a parva. Sim, era ela que nos procurava. Isso deve fazer alguma diferença, não?E meteu conversa logo com o Keagan. O Keagan tinha nome de jogador de futebol, uma estrela.Foi o primeiro a pôr-lhe a mão e o pé. E não só. Os outros seguiram-lhe as pisadas, as jogadas. Ele parecia saber o que fazia. Um capitão de equipa. E nós queríamos que ele achasse que nós também sabíamos o que fazíamos. Nós ríamos. Respeitávamos a sabedoria dele. A ousadia despenteada. O atrevimento suado. Mas eu não achava piada àquilo. Não achava, não! Não gostava quando ela chorava. E não percebia porque voltava ela. Porque voltava ela sempre, para chorar mais. Para dizer, quase em sussurro, que a deixassem em paz, enquanto segurava na cesta com o lanche e na malinha com o dinheirinho contado para o autocarro.Mas eu era diferente. Um dia ela disse-me isso mesmo. - Tu não és como os outros, pois não? És diferente...Ela, que era igual a toda a gente, dizia, que eu, logo eu, não era igual aos outros. E eu fui igual aos outros, fui mesmo igual aos outros, fui mesmo mais do que igual aos outros. Fui os outros e fui eu. E depois, não contente, fui ela também. Recordo tudo isso aqui sentado, onde o acaso me trouxe mais uma vez. Só o acaso é certo, regular. Olho em redor das mesas e vejo muita gente, mas, estranhamente, ninguém me parece a Boitatá. Em compensação, o incómodo que já não estranho usar, atinge-me com a força de um Jack Daniels duplo e sem gelo. Desta vez, tenho o carro bem estacionado, lá fora. E é provável que esteja demasiado bêbado para conduzir e tenha de apanhar um táxi para me levar ao meu destino. Talvez o Rogério esteja ainda por aí. Talvez eu tenha de ficar mesmo por aqui. Eu tenho estado muito por aqui, aliás. Eu e toda esta gente que, por vezes, quando a vejo através do espelho seboso, entre as luzes da pista de dança, se parece, cada vez mais, comigo.       

Malaios são os que têm mais amigos, japoneses os que têm menos
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O que (não) fazer para não perder amigos no Facebook

Se quer conservar as amizades que tem no Facebook, o melhor é ter em conta as conclusões de uma investigação de um estudante norte-americano

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Nova paixão pode custar-lhe dois amigos

A ciência demonstra agora o que era do senso comum: uma nova relação deixa sempre pouco tempo para os amigos. Segundo um estudo da Universidade de Oxford, uma paixão leva à perda de dois amigos íntimos

Exame Informática
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Pais e filhos, amigos no Facebook?

Um estudo da consultora Nielsen conclui que um em cada três jovens deixava de ser amigo do pai ou da mãe no Facebook, se pudesse. Quase 75% dos pais são "amigos" dos filhos.