A ideia surgiu depois dos incêndios que assolaram a zona centro há dois anos. “Porque é que um cidadão estrangeiro quando está no nosso país se pode ligar a qualquer rede e alguém que fique sem acesso à sua operadora não consegue, em emergência, pedir ajuda através de outra operadora? Não faz sentido”, comenta João Cadete de Matos, presidente da Anacom, a entidade reguladora das comunicações em Portugal, à margem da exposição “Comunicar, ligar, unir”, inaugurada esta quarta-feira, dia 6, em Lisboa, para assinalar os 30 anos da instituição.
A partilha de rede foi uma das medidas avançadas pelo grupo de trabalho dos incêndios florestais de 2017 – e revelar-se-ia uma medida apoiada pela entidade operadora. No final do verão do ano passado, a Anacom defendia publicamente, no congresso da Associação Portuguesa de Direiro ao Consumo, a necessidade de, à semelhança de outros países europeus, se implementar esse sistema.
Durante o seu discurso do Estado da Nação das Telecomunicações, o presidente da Entidade Reguladora, João Cadete de Matos, insistiu que Portugal deveria seguir o exemplo do que já acontece em14 países europeus. “Nada justifica que Portugal fique para trás nesta matéria”, defendeu o presidente da Anacom.