A ativista Greta Thunberg participou no novo álbum da banda The 1975. A jovem de 16 anos, que se tornou uma das principais vozes no combate às alterações climáticas, juntou-se à banda inglesa para criar a primeira faixa do álbum, divulgada no mês passado. Agora, o vocalista Matty Healy e o empresário Jamie Oborne afirmaram que Greta é “a pessoa mais importante do mundo para dar uma plataforma” mas admitem que “outros artistas não o queriam fazer”.
“É uma loucura”, afirmam para descrever a atitude de artistas com maior visibilidade que rejeitaram a participação da adolescente. Jamie Oborne conta que o plano não era divulgar a primeira faixa antes do resto do álbum, mas depois de a conhecerem e de gravarem, concordaram que “era uma mensagem que não podia esperar seis meses para ser divulgada”. “A Greta representa uma verdade a priori de que o mundo tem que mudar a sua construção básica e como funciona”.
Na música de cinco minutos, cujas receitas reverterão para campanha ambiental Extinction Rebellion, a jovem diz que está na hora “hora da rebelião” e apela à “desobediência civil”. “Agora não é o momento de falar educadamente. Agora é o momento de falar claramente”. “Temos de reconhecer que as gerações mais velhas fracassaram, todos os movimentos políticos, na sua forma atual, fracassaram, mas o Homo sapiens ainda não fracassou”, continua a mesma.
O empresário do grupo manifestou também uma admiração pelo pai da ativista pai, Svante Thunberg, que descreve como um “ser humano incrível”. “Svante e eu conectámos-nos muito facilmente – sinto que vamos ser muito bons amigos”.
O álbum dos The 1975, Notes on a Conditional Form (Notas em Formato Condicional), tem lançamento previsto para 2020.