Chama-se Human Development Biology Initiative e parte de um dado estatístico: cerca de 3% dos bebés nascem com defeitos de desenvolvimento que começam no início da gravidez. Os motivos e a forma como estas deficiências se desenvolvem são ainda pouco exploradas pela ciência.
O facto de poucos laboratórios terem acesso a amostras de tecido de embrião humano, e de grande parte das pesquisas neste capítulo serem desenvolvidas a partir de amostras de modelos celulares e de animais, tem impedido que se conheça mais sobre esta fase do processo embrionário e consequentemente se compreenda o porquê do desenvolvimento destas doenças.
Esta investigação, pelo contrário, envolverá embriões humanos doados e tecido fetal humano com idades entre as quatro a 20 semanas de desenvolvimento.
Algumas questões éticas foram levantadas, relacionadas com a forma como estes exemplares foram obtidos e o desenvolvimento que terão durante a pesquisa. Os autores, todavia, esclarecem que este material foi sempre retirado de casos onde a gravidez foi interrompida e as mulheres envolvidas permitiram o uso destes exemplares em estudos científicos.
O programa foi inclusive aprovado pelas autoridades britânicas para a ética nas pequisas cientíticas.
O projeto irá juntar, ao longo de cinco anos, cientistas de várias instituições como a Universidade de Londres, o Instituto Francis Crick, o Instituto Babraham, a Universidade de Oxford, a Universidade de Cambridge, a Universidade de Dundee e a Universidade de Newcastle.