A série 13 Reasons Why (Por Treze Razões) conta a história de Hannah Baker, uma jovem que grava 13 cassetes a contar as razões pelas quais decidiu acabar com a própria vida. Embora tenha sido aclamada pela crítica, a série destinada a jovens adultos foi bastante contestada por grupos de ativistas como o Parents Television Council (Conselho Televisivo dos Pais), que acusam os produtores de transmitirem uma mensagem errada sobre o suicídio aos adolescentes que acompanham o programa.
Agora, os responsáveis da Netflix decidiram remover uma das cenas mais polémicas, a do suicídio de Hannah. Segundo um comunicado publicado no Twitter, apesar de a cena ter estreado há dois anos, a Netflix “em conjunto com o criador Brian Yorkey e os produtores da 13 Reasons Why”, depois de consultarem “médicos especialistas, incluindo Christine Mountier, médica chefe da Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio”, decidiram “editar a cena na qual Hannah acaba com a própria vida, na temporada 1”. Contudo, a plataforma faz questão de mencionar que o feedback que recebe da maioria dos jovens é de que a série os “encorajou a falar sobre questões como a depressão ou o suicídio, e a procurar ajuda – muitas vezes, pela primeira vez”.
Segundo um estudo apoiado pelo National Institutes of Health, a taxa de suicídio entre jovens americanos dos 10 aos 17 anos subiu 28,9% em abril de 2017, um mês depois da série estrear. No total, houve mais 195 mortes de abril a dezembro desse ano do que era esperado.
Na altura da estreia, o serviço de streaming manteve a decisão de incluir a cena, mas apresentou um aviso de que “a série contém cenas que podem ferir a suscetibilidade dos espectadores” e criou linhas de apoio. “Se tu ou alguém que tu conheces estiver a precisar de ajuda ou apoio a lidar com uma situação de crise entra em 13reasonswhy.info para obteres mais informações”.
Além do aviso, a plataforma colocou ainda vários vídeos informativos à disposição, nos quais os protagonistas da série alertam para alguns dos problemas retratados no programa, entre eles o bullying, abuso sexual e a depressão.