O chá é consumido diariamente por cerca de 84% da população britânica, a ponto de ser uma característica indissociável da cultura inglesa. Mas apesar de ser um hábito tradicionalmente britânico, o chá foi descoberto pelos chineses, introduzido na Europa pelos portugueses, no século XVI, e quem o popularizou na corte inglesa foi… a rainha Catarina de Bragança.
A BBC propõe uma viagem no tempo, até 1662, mais precisamente, altura em que Catarina de Bragança, filha do Rei D.João IV e D.Luísa de Gusmão, casou com Rei D.Carlos II de Inglaterra. D.Catarina tornou-se Rainha Consorte do Reino de Inglaterra, Escócia e Irlanda e uma mulher muito importante. Em 1662 viajou para Londres levando na mala, entre os seus pertences, folhas de chá.
Diz a lenda que as caixas de chá, transportadas pela rainha, foram marcadas como Transporte de Ervas Aromáticas, mais tarde abreviado para TEA (palavra que em inglês significa chá).
Quando D. Catarina chegou a Inglaterra, o chá era apenas consumido como um medicamento para fortalecer o corpo e livrar o baço de obstruções. No entanto, a rainha continuou com o seu hábito diário de beber chá, tornando-o popular como uma bebida social.
E como a Inglaterra não tinha estabelecido, na altura, comércio direto com a China e as pequenas quantidades de chá que os holandeses importavam eram vendidas a um preço muito alto, o chá associou-se à elite e todos queriam imitar a rainha. O chá tornou-se, então, muito procurado e posteriormente tornou-se uma bebida mais igualitária e não apenas de elite.