Paulo Portas deu explicações sobre a crise de Julho e sobre o episódio da sua demissão irrevogável. Ficamos a saber que a sua atitude se deveu a necessidade de impor um novo ciclo e fortalecer a coligação e o Governo. Que foi para forçar uma remodelação que se impunha. Duas coisas: em primeiro lugar, a demissão de Portas não se destinava a colocar em causa a continuação do CDS no Governo, mas a salvar a coligação. Em segundo lugar, quem fez a remodelação não foi Passos Coelho, mas… ele, Portas!!
“Em vez de uma fraqueza, uma jogada política em que o tabuleiro foi o país” acusou o critico Filipe Anacoreta Coreia, no segundo verdadeiro momento deste congresso (sem desprezar o discurso crítico, mas em tom de uma no cravo e na ferradura, do líder do CDS Madeira, José Manuel Rodrigues), Anacoreta que, depois de arrasar a política da direção do CDS e da sua atuação no Governo, como que pediu para ser integrado na mesma, caso contrário… candidata-se! Agarrem-me senão eu candidato-me? Mas agarrem-me por amor de Deus! Não percebemos.
Mas em vez de o agarrarem levou um chuto, no terceiro grande momento e na primeira ovação de pé. Nuno Melo respondeu no lugar de Paulo Portas e considerou o “fogo amigo” de Anacoreta uma colagem ao PS. Foi logo a seguir. E parece ter virado o congresso contra o challenger. Vai ter de comer mais um pouco de papa Maizena.