Portugal não subscreveu carta aberta contra a Hungria – uma Declaração comum de 13 Estados-membros da UE que condena a lei que discrimina população LGBTQI aprovada pelo Parlamento húngaro – alegando o respeito ao “dever de neutralidade”, por assumir a Presidência do Conselho da UE. “Neutralidade ou conivência com a violação de princípios fundamentais da União Europeia, eis a questão”, situa Mafalda Anjos, diretora da VISÃO.
“É como se estivéssemos a falar de uma divisão política comum. Como discutir se devemos subir ou baixar impostos, gastar mais em educação ou saúde. Isso são opções de políticas publicas. Esta não é uma discussão sobre políticas públicas, é sobre direitos humanos básicos”, explica o jornalista Nuno Aguiar.
Outro tema em análise no programa de comentário político e económico da VISÃO foi o desaire do PSD na corrida autárquica, com a desistência de António Oliveira da corrida a Gaia, que bateu com a porta com uma carta muitíssimo crítica.
“É natural que venhamos a assistir a isto mais vezes no PSD [do que no PS], porque o PSD não é [atualmente] o dono da ‘gamela’. Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão – tem menos lugares do Estado para distribuir e a sua grande esperança é crescer ali um bocadinho nas autárquicas para satisfazer algumas das suas clientelas”, afirma o editor-executivo Filipe Luís.
A última manifestação do Movimento Zero esteve igualmente em análise. “É um movimento claramente envenenado por uma ideologia”, sublinha Filipe Luis. “O que falta para começarem a soar finalmente as campainhas de alarme?”, pergunta Mafalda Anjos.
Nas notas finais, estiveram em destaque o encerramento do Apple Daily em Hong Kong e o fim da liberdade de imprensa, a guerra entre o ministro Pedro Nuno Santos e o CEO da Ryanair, que o apresentou publicamente com um nariz de Pinóquio, e uma recomendação de leitura: “Os Homens Também Choram”, de Nelson Marques, sobre a nova masculinidade.
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