Saiu a decisão instrutória da Operação Marquês e, como seria de esperar, desde sexta feira que o tema da Justiça permanece na ordem do dia. De 189 crimes crimes identificados pelo Ministério Público, restaram apenas 17 crimes, e José Sócrates foi pronunciado por apenas três crimes de branqueamento de capitais e três crimes de falsificação de documento.
A Operação Marquês foi esta semana o prato forte do Olho Vivo, o programa de comentário político e económico a VISÃO.
A estratégia do ex-primeiro ministro desde o anúncio da decisão de instrução não surpreendeu: primeiro cantou vitória, apesar de no processo constarem, para Ivo Rosa, indícios de um crime de corrupção passiva sem demonstração de ato concreto já prescrito, e depois desdobrou-se em artigos de opinião e declarações onde se vitimiza, batendo na tecla da cabala e da sua inocência.
“José Sócrates é bom no confronto, no soudbite e na intimidação, mas falhou na parte essencial, que é justificar a origem do dinheiro e tanta generosidade de um amigo, algo altamente inverosímil para qualquer cidadão comum”, sublinha Mafalda Anjos.
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