Temos finalmente um plano de desconfinamento apresentado pelo Governo, com um calendário e um mapa de risco com os valores indicativos para desconfinar. Porém, com valores distintos – e mais exigentes – dos que foram recomendados pelos especialistas. A questão é que Portugal só esteve no “verde” que permite desconfinar durante um quarto da pandemia. E nenhum país da União Europeia cumpre, neste momento, as metas definidas pelo governo para desconfinar além de Portugal.
“A estratégia de combate à pandemia é, em última análise, uma decisão sempre política. Mas todas as decisões políticas devem, em 2021 e durante uma pandemia, ser o máximo possível tomadas com base na ciência”, sublinha Mafalda Anjos. “Temos dois exemplos em que aconteceu o oposto: nos valores do plano de desconfinamento e na suspensão das vacinas Astrazeneca, onde a decisão política não seguiu o que os cientistas dizem”, acrescenta.
Outro tema em debate foi a apresentação do candidato do Chega para a capital. “Nuno Graciano vai ser eleito vereador em Lisboa”, não tem dúvidas Filipe Luis. O que fará depois com o mandato, eis a questão. A experiência que traz no currículo em matéria governativa não é nenhuma, e a última vez que surgiu com mediatismo num evento público foi a organizar um mercado de sushi em Oeiras que correu muito mal…
Do lado de lá do Atlântico vêm notícias que chegam a dar “uma pontinha de inveja” pelo “poder de fogo no combate à pandemia”. O projeto de estímulo de 1,9 biliões de dólares de Joe Biden vai permitir relançar muito mais rapidamente a economia americana do que a europeia, que avança também em força no plano de vacinação em massa da população. A Europa sairá mais atrasada na retoma, parece certo.
Nas notas finais, estiveram ainda em análise os resultados das eleições holandesas, os novos debates bimensais do primeiro-Ministro na Assembleia da República e a sugestão do documentário “Um Dia num Ano de Pandemia”, na RTP Play, da autoria de Rita Marrafa de Carvalho.
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