Se Frederico Pinheiro arrasou com João Galamba, e toda a cadeia de intervenções inéditas, como a do SIS, a chefe de gabinete, Eugénia Correia, deu o tiro de misericórdia no ministro, na sua credibilidade e autoridade governamental. A senhora, com todo o respeito, deveria ter pedido um adiamento, por total incapacidade funcional e de pensamento coerente.
Nestas duas audições foram «executadas» várias figuras públicas, políticas e dos serviços de informações. João Galamba não pode continuar, sob pena de atingir diretamente o PM, a chefe de gabinete tem de ser exonerada, o mesmo com o diretor do SIS, e o seu adjunto, e também a secretária-geral do SIRP, o topo dos serviços secretos, que foi quem pediu ao SIS para agir.
Esta CPI já não é sobre a TAP, nem nada que se pareça. Apenas trata das loucuras e abusos de um gabinete governamental caótico, e das ações inadmissíveis dos serviços secretos, para não invocar outras instituições que deveriam ter bom senso e grande rigor.
Tudo isto é inquietante e arrepiante. A audição da chefe de gabinete do ministro João Galamba foi a maior tragédia de sempre. Foi um suicídio politico ao vivo. Que tristeza. Que desconforto. E agora, senhor primeiro-ministro?
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