Polémico, polemista, às vezes pisando as linhas vermelhas do extremismo, morreu o maior pivot de rádio da América, Rush Limbaugh, aos 70 anos, que durante 32 manteve um «talk-show» com o seu nome. Considerado pela «Time» um dos 100 americanos mais influentes, republicano, conservador, era ouvido, diariamente, por milhões de pessoas. Odiado pela CNN, amado pela Fox News (isto diz tudo), assumidamente de direita, foi sempre chamado e escutado por todos os presidentes republicanos, a começar por Ronald Reagan. Obama nem quer ouvir falar dele. Dá-lhe uma enxaqueca. Vindo do nada, sem nenhum curso ou graduação especial, Rush conseguiu fazer escola no conservadorismo americano, tendo definido, em poucas palavras, os princípios fundamentais dessa corrente política. Foi numa convenção, em 2009, e levantou uma plateia de milhares de pessoas a gritar, emocionada, «USA», «USA».
«Amamos as pessoas. Quando olhamos para os Estados Unidos da América, quando estamos em qualquer lugar, quando vemos um grupo de pessoas, como este, vemos americanos. Vemos seres humanos. Não vemos grupos. Não vemos vítimas. Não vemos pessoas que queremos explorar. O que vemos é o seu potencial. Não olhamos para o lado quando vemos o americano médio, a pessoa que faz este país funcionar. Não vemos essa pessoa com desprezo. Achamos que essa pessoa não tem o que precisa. Acreditamos que essa pessoa pode ser melhor se certas coisas forem removidas de seu caminho, como impostos excessivos, regulamentação a mais e demasiado Governo».
«Queremos que cada americano seja o melhor no que escolher. Reconhecemos que somos todos indivíduos. Amamos e veneramos os nossos documentos fundadores, a Constituição e a Declaração de Independência. E acreditamos que o preâmbulo da Constituição contém uma verdade indiscutível de que todos somos dotados de direitos inalienáveis, entre eles a Vida, a Liberdade, e a busca da Felicidade».