A última sondagem da Fox News (televisão assumidamente de direita, republicana) dá à dupla Biden-Kamala uma vantagem cada vez mais curta, escassa, em relação a Trump: apenas 5 pontos percentuais, dentro da margem de erro, apenas a 47 dias das eleições, e já com a ponderação do efeito das convenções. Como foi possível desbaratar tantos potenciais eleitores? Qual é a nabice de Biden?
Não tem programa eleitoral, não tem ideias, e acredita que as eleições se ganham pela negativa. Biden apostou tudo na passagem do tempo, deixando Trump à solta, como sempre. É uma estratégia que não pega, pelos vistos. Os democratas conseguiram angariar muito mais dinheiro do que Trump – são contentores carregados de dólares e oferecidos tanto por democratas como republicanos – e era suposto que os livros demolidores sobre o presidente, de Bolton e Woodward, e o que vai sair do seu antigo advogado pessoal, chegariam para acabar com ele. Não aconteceu, até agora.
Sendo um nabo confirmado, Biden, que não tem uma personalidade forte, deixou o campo aberto para democratas relevantes aparecerem, como Hillary e Pelosi, que causam algum medo aos eleitores. A ideia é que a eleições vão ser judicialmente contestadas, e arrastadas, e que a 20 de janeiro a senhora Pelosi assume a Presidência dos EUA. Isto cheira a golpe de Estado, coisa nunca vista ou vivida pelos americanos.
A campanha do candidato democrata também navegou de olhos fechados nas sondagens vitoriosas. A ideia era que qualquer candidato ganharia a Trump. Pois, nem mais, e isso é o maior falhanço dos seus estrategos. Esqueceram-se de um pormenor que pode ditar o resultado: muitos americanos que votaram e vão voltar a votar em Trump, não mostram essa intenção nas sondagens. Calam-se. Não dizem. Foi o grande erro de Hillary.
Visto à distância, e sem nenhuma ofensa, a Casa Branca, vai continuar nas mãos de um “louco”, ou passar para um “idiota”. Não há uma boa notícia, neste 2020. Já não nos bastava a Covid-19. Qualquer má decisão dos EUA afeta-nos a todos, no mundo. É por isso que acho que também deveríamos votar para a Presidência dos Estados Unidos. Já agora.