A pandemia tem destas coisas: por todo o lado, e também em Portugal, dezenas, centenas, milhares de pessoas, de todas as áreas científicas, tentam encontrar a melhor e a mais rápida forma, ideia, produto, vacina, medicamento, seja lá o que for, para controlar, exterminar, liquidar o SARS-CoV-2.
Já se compra, em qualquer lado, aquela que garantem ser a máscara mais eficaz contra o vírus, que foi fabricada em Portugal, certificada, e que até acho que o primeiro-ministro (PM) a ofereceu aos seus colegas no último Conselho.
Agora, dizia uma notícia da Lusa, foi inventada, descoberta, criada uma tecnologia pioneira, que inativa, apenas num minuto, – é melhor repetir: apenas num minuto, 60 segundos – o vírus no ar, com uma certeza de 99,9 por cento. Bom quem diz 99,9%, está a falar, arredondando, em 100 por cento. Para ser simples.
Quem fez este milagre? O Campus de Tecnologia e Inovação da BLC3, em Oliveira do Hospital, em parceria com a Universidade do Minho e as Faculdades de Farmácia das universidades de Lisboa e de Coimbra, segundo a Lusa.
E que mais disse, à agência noticiosa nacional, o coordenador desse projeto, João Nunes: que “em um minuto, de 16.982 partículas de vírus SARS-CoV-2, numa amostra, apenas cinco partículas não foram inativadas (‘mortas’, no senso comum), o que deu um resultado de 99,97%. E, ao fim de cinco e 15 minutos, obteve-se uma inatividade total, 100%, e sem qualquer variação no comportamento do vírus”.
Nem sei que dizer. Ou comentar. Se é assim, estamos safos, mais ou menos. Sabem aquelas geringonças com uma luzes roxas para liquidar moscas, mosquitos ou outros voadores? Foi logo o que me ocorreu, não querendo desdenhar do projeto pioneiro. Se de 17 mil partículas do vírus, só sobraram cinco (5), em 60 segundos, então estamos a falar de uma arma nuclear. Isto é o segundo “Projeto Manhattan”. Não para destruir Hiroshima, mas para reduzir a cinzas um vírus mortal.
Agora, de repente, a questão é só uma: quando é que vão pôr essa coisa a funcionar?