- É inadmissível que os lares, quase quatro meses depois, ainda sejam a fonte de maior contágio localizado, e de maior número de mortes. É uma vergonha nacional, um crime sem responsáveis, e uma permanente incúria. Assim não dá. Não pode continuar. Façam qualquer coisa urgentemente.
- É insustentável, de todos os pontos de vista, o Covid-19 ter entrado num IPO. Aparecerem contagiados. Que desleixo. Que loucura. Os IPO deveriam ser santuários asséticos, intensa e repetidamente testados. Não é preciso explicar porquê. Essa negligência é uma vergonha. De arrepiar.
- É lamentável, lastimável, que Portugal continue a entrar nas listas vermelhas de países europeus, que recusam a entrada de portugueses. Indignou-se o ministro dos Estrangeiros, há uns dias, teorizando rebuscadamente, mas já percebeu, finalmente, quem é que deve ter vergonha. Nós, todos, como país. Afinal foi tudo uma mentira. Nunca controlámos nada, e devagarinho, dia a dia, fomos passando de melhores a piores. É um vexame. Deve ser por isso que eles não mandam o dinheiro (já lá vamos…)
- É inexplicável, que sem controlo da pandemia, e sem sabermos para que lado vamos cair, não se prolonguem as medidas fiscais decretadas em Março, a exemplo do que fizeram com as moratórias, lay off e outras medidas. Alguns decisores, muitos pelos vistos, devem navegar noutro hemisfério. Devem achar que voltou tudo ao normal. A reabertura está muito longe do que se esperava, em muitos casos passou a ser, agora, uma semiabertura. A recessão é brutal, as empresas já não têm tesouraria, contam apenas os tostões. E a expetativa do milagre da multiplicação, para quem reabriu, já morreu, há muito. É um falhanço embaraçoso.
- É humilhante, como sempre foi, o anda, que não anda, da União Europeia, e os fabulosos milhares de milhões que ninguém sabe quando chegarão. Eventualmente, quando já ninguém der por isso. Porque já não serão necessários. Porque o país já estará em fase terminal. Esperar por esse dinheiro, e nada fazer, até lá, não é uma estratégia política, ou financeira, é um desastre coletivo. Tipo seita apocalítica. Esta UE é uma afronta sem fim.
Vergonhas repetidas
É humilhante, como sempre foi, o anda, que não anda, da União Europeia, e os fabulosos milhares de milhões que ninguém sabe quando chegarão. Eventualmente, quando já ninguém der por isso. Porque já não serão necessários. Porque o país já estará em fase terminal.
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