1.Trump está mais doido. Endoideceu, de vez. Desvairou. Enlouqueceu. Sim, tem um vírus, mas não é o SARS-CoV-2. Agora toma Hidroxicloroquina, por prevenção! Isto, comparado com os desinfetantes, é definitivamente demencial. A loucura em estado puro. É tão delirante como isto: decidirmos levar com uma dose de quimioterapia, por precaução. Para prevenir. Não há adjetivos, substantivos ou verbos para catalogar o presidente dos Estados Unidos. E é justamente por ser o POTUS, que há um pormenor absolutamente essencial, que falta conhecer: quem foi o médico que receitou, ou o hospital que deu? Porque não é propriamente um medicamento, tal como aqui em Portugal, que se possa mandar um dos mordomos da Casa Branca comprar ali, na farmácia da esquina. Sendo assim, há mais doidos na Casa Branca. Dos poucos que ainda restam. Em boa verdade, Trump está a brincar com o fogo (literalmente com o medicamento antimalárico) do ponto de vista da sanidade política americana: bastará que Mike Pence e 8 dos 15 membros do Governo o declarem mentalmente incapacitado, para pedirem, nos termos da 25ª adenda da Constituição, à senhora Pelosi, que o odeia, e ao líder substituto do Senado, que o destituam de imediato. E o efeito é mesmo imediato. Agora, Já. Este “golpe” já uma vez foi planeado, mas Trump ainda não tinha o vírus. Agora está outra galáxia.
2. A senhora Merkel, com Macron ao colo, para disfarçar, já avançou (salvo seja) com 500 mil milhões de euros para o Plano de Recuperação dos 27. Ainda é só um terço dos 1.5 triliões (os 12 zeros) que a Europa precisa, ou vai precisar, mas é o passo que a chanceler alemã tinha de dar. Sem ela nada feito. Zero dos 12 zeros. Basta olhar para a Comissão: só dia 27, final do mês, é que vai apresentar um plano. Ou o Plano, sabe-se lá. Qualquer coisa. Para a presidente, é um grande empurrão. Para ver se acorda. Calma, no entanto: estes 500 mil milhões têm demasiados detalhes não esclarecidos. Que o nosso primeiro-ministro, como todos os outros, quer perceber, o mais depressa possível: quanto caberá a cada país? É por grau de gravidade da pandemia? É por setores? É por transferência, como nos fundos? É por empréstimo, como dívida? É o diabo com os seus pormenores? Seja o que for, tem de ser rápido, muito rápido.