Em sincronização
Os terroristas do bem. Opinião de Mafalda Anjos
Pessoas comuns intoxicadas por um discurso populista, manipuladas por propaganda digital, atiradas para as trincheiras de uma luta irracional contra os princípios basilares da democracia

Não me atrevo a dar conselhos a Ronaldo. Mas apetecia-me dar-lhe um abraço
A forma como lidamos com os tropeços alheios – sobretudo os de quem já tantas alegrias nos deu – diz muito mais sobre nós, do que sobre quem escorregou e caiu

Raimundo, o operário (da política) que se segue. Opinião de Mafalda Anjos
O que resta da força do PCP está nas autarquias e nas ruas, e é para as ruas que vai voltar agora com Paulo Raimundo, numa luta que pode bem ser pela sua sobrevivência. Se com os mesmos métodos e a cassete reivindicativa de sempre ou se com novidades e pequenas nuances – será esperar para ver

Aflitos, mas almofadados. Opinião de Mafalda Anjos
Entre o arrojo e a cautela, o Governo escolheu a segunda. É uma opção sensata perante o nível de incerteza elevado que temos adiante, justifica-se. Talvez seja, de facto. Mas não vale a pena dourar a pílula: depois da austeridade laranja, temos agora a contenção rosa

Meloni, Truss e asteroides. Opinião de Mafalda Anjos
Fascínio espacial confesso à parte, o acontecimento dá-me boas metáforas políticas: há asteroides à solta, capazes de causar danos de grandes proporções e uma mudança de rota é urgente. Putin é o maior de todos, naturalmente, mas não é dele que quero falar hoje

Borrões maiores do que a folha. Opinião de Mafalda Anjos
Cabe agora a António Costa, na rentrée, provar que é mais do que um mata-borrão e fazer o que se espera de um primeiro-ministro: pôr ordem na casa e evitar mais conspurcações e asneiras. Não há maioria absoluta que valha se os erros se sucederem a esta velocidade

Temido esticou a corda ao limite. Tremeu tanto que caiu
Estava escrito nas estrelas: Marta Temido estava tremida. E não há maioria absoluta que valha quando a corda estica e rebenta na Saúde

A massa de um populista. Opinião de Mafalda Anjos
De quando em vez, os populistas chegam ao poder. E este alegado excecionalismo, quando posto à prova, resulta, mais tarde ou mais cedo, em acidente

Como engolir um elefante, por Pedro Nuno Santos
A declaração de hoje de Pedro Nuno Santos não apazigua as coisas. Deixa todos em muito maus lençóis

Bem-vindas às trevas
Os números mostram também que os abortos não deixam de ser feitos – passam é a implicar mais mortes, mais complicações de saúde, mais traumas

O SNS e a tragédia anunciada
Anunciar mais concursos sem se tratar das causas do problema é como tentar meter pensos rápidos numa artéria que rebentou. De nada serve

As pedras no caminho estreito de Montenegro
Faltam mensagens claras, firmeza de objetivos, ideias e propostas claras. Não chega olhar para trás e voltar a encher a boca com o PPD de Sá Carneiro, essa figura mitológica tutelar

O engodo dos benefícios líquidos
A guerra até pode trazer bons números numa folha de Excel, mas não beneficia nenhuma organização social. Causa traumas profundos, cria ansiedades, faz aumentar divisões internas e agravar tensões latentes

O que fazer com a Hungria?
Com pezinhos de lã, foi montando uma autocracia cada vez menos soft. É assim, caro leitor, que morrem as democracias... O que nos importa isto, pensarão alguns. Importa muito para todos os europeus. Ele está no meio de nós. E a Guerra da Ucrânia veio escancarar um problema que vem de trás: o que fazer com um autocrata dentro das fronteiras da União Europeia?

Seis más abordagens à guerra
Uma coisa é certa – tem de ser certa: há agressores e vítimas nesta e noutras histórias e não podemos confundi-los

Os “maus” não podem ganhar
Do lado do Ocidente, será o momento da verdade. Temos de manter a racionalidade, mas não podemos ceder perante uma ameaça global. Como dizia Applebaum, se não travarmos “os maus” lá fora, eles em breve virão confrontar-nos nas nossas fronteiras. E “os maus” não podem ganhar

Isto está tudo ligado
Acontecimentos imprevisíveis, transtornantes e difíceis de explicar e entender são terreno fértil para explicações alternativas que imaginam uma super-conspiração

Enorme Zelensky, o herói improvável que se agigantou
São os momentos de grande stress que mostram de que fibra é feito um grande líder. Zelensky, carregado de força, determinação e coragem, mostrou como se faz

Roleta-russa e facciosismos
Tudo em Putin é imprevisível e potencialmente irremediável, o seu jogo é a roleta-russa. Será preciso nervos de aço para acompanhar o desenrolar da situação que pode ficar-se “apenas” por sanções internacionais, descambar num conflito armado sério na Europa ou escalar para uma guerra mundial. Isto envolvendo um país carregado de arsenal nuclear – que fez questão de exibir nos últimos dias

O dia em que António Costa ficou com a faca, o queijo e o prato na mão
Cabe agora a Marcelo Rebelo de Sousa fazer aquilo que o próprio António Costa assegurou que o Presidente da República faria: fiscalizar a atuação do governo e refrear um primeiro-ministro absoluto, evitando que se torne absolutista
