Os rumores vindos de diferentes fontes, algumas com um bom histórico em previsões de lançamentos da Apple, dão como garantido que o próximo iPhone vai manter o design do atual 6S e apresentar melhorias relativamente pouco importantes. Teremos de esperar até 12 de setembro, a data prevista para o lançamento, para confirmar se será assim, mas estes rumores levantam algumas questões. Será que é a Apple que está a lançar informações para o mercado para baixar as expetativas e, deste modo, criar um maior impacto no lançamento? Será que a marca vai alterar o ciclo de desenvolvimento em resposta à desaceleração do mercado? Será uma consequência do amadurecimento da tecnologia? Ou será que Tim Cook está a guardar todos os trunfos importantes para a versão do próximo ano, quando o iPhone comemorar o 10º aniversário?
Não acredito muito na primeira opção. Os meses que antecederam os últimos lançamentos da Apple têm demonstrado que esta empresa já não tem a mesma capacidade que tinha em guardar segredos ou de fazer contrainformação. Não porque Tim Cook use uma estratégia mais “frouxa”, mas sim porque o número de pessoas e empresas envolvidas aumentou tanto que se torna bem mais difícil controlar as fugas. Ou seja, muitos dos rumores que já se conhecessem devem ser confirmados. E alguns são importantes: duas câmaras, versão Pro, processador mais eficiente, aumento da capacidade de armazenamento mínima para 32 GB… Aliás, se a estas características fosse associado um novo design, ninguém falaria de expetativas baixas.
Acredito mais numa mistura das outras opções. Os smartphones estão a atingir a maturação. O que significa que o ritmo da inovação tende a baixar. E há outra coisa importante: “the next big thing”. Talvez o que esteja a entusiasmar Tim Cook e companhia já não seja o iPhone ou o iPad, mas sim o iCar.
Finalmente, a forma de funcionamento da Apple leva-nos a acreditar que o 10 aniversário do iPhone é para celebrar de modo especial. Numa arriscada e sempre condenada ao fracasso tentativa de prever o futuro, é provável que iPhone do próximo ano não tenha um algarismo associado. Talvez seja batizado de apenas iPhone ou até com outro nome. E é provável que estreie muitas das funcionalidades mais interessantes que têm aparecido nos rumores, como sensor de impressões digitais por baixo do vidro, ecrã de margem a margem na vertical e na horizontal e a remoção do botão Home.
Uma coisa é certa, o iPhone 7, se é que se vai chamar assim, corre o risco de ficar para a história como um dos iPhones menos relevantes.