Estou convencido de que, por esta altura, a indignação contra o altar/palco já terá sido substituída por outra qualquer. No entanto, tudo o que a rodeou é exemplo de algumas das moléstias com que estamos a viver.
De uma hora para a outra, o País tornou-se pequeno para tantos especialistas em altares, palcos e todos os aspetos ligados à organização de eventos. Sem um momento de hesitação, vi políticos, jornalistas, comentadores e ativistas de redes sociais a explicar por que razão um palco devia ou não ter pala, se fazia sentido o Papa ter um altar no Parque Eduardo VII ou a discorrer sobre se Francisco devia ir a Fátima. Como não os ouvi a todos, era capaz de apostar que devem ter falado do número necessário de casas de banho, das barreiras de segurança e de todos os pormenores ligados à organização do evento.