Há várias leituras sobre o fim da Geringonça e dos entendimentos entre as esquerdas: falta de acordos escritos com objetivos definidos, o PCP e o BE não estarem no Governo, arrogâncias de uma ou doutra parte, necessidade de autonomia estratégica de cada um dos partidos e uma série de outras razões que, sobretudo, os analistas dos derrotados eleitorais à esquerda fazem.
Todos terão alguma razão, mas o motivo central e definitivo é só um: é muito mais o que divide o PS do BE e do PCP do que os une. Qualquer PSD, mesmo o de Passos Coelho e de Durão Barroso, estava muito mais próximo dos socialistas do que alguma vez comunistas e bloquistas estarão.