O caso Tancos não beliscou o prestígio das Forças Armadas portuguesas, o das messes também não, os maus tratos e mesmo a morte de recrutas tão-pouco, o descontrolo orçamental na construção do hospital militar nada mesmo e agora as suspeitas de vários tráficos feitos por militares em operações no estrangeiro nem uma pequeníssima nódoa deixam na instituição. E nem vale a pena trazer à colação um célebre documento assinado por militares na reforma e aplaudido por grandes figuras das várias armas em que se mostrava um desconhecimento perigoso do papel das Forças Armadas numa democracia.
O Presidente da República e o primeiro-ministro foram os primeiros e as mais relevantes personalidades a fazer a triste figura de contribuir para este absurdo. É evidente que a Operação Miríade belisca, e muito, o prestígio das Forças Armadas.