Os primeiros dados que conhecemos dos Censos vieram confirmar as nossas perceções: somos ainda menos do que éramos, há dez anos, e continuamos a abandonar o pouco território que temos.
Desta vez, nem os imigrantes evitaram que a nossa população decrescesse, mesmo tendo vindo mais gente do que aquela que saiu. Sempre tivemos necessidade de pessoas, mas, como nunca, temos de convencer o maior número possível de homens e de mulheres a vir para Portugal e a trazer e a fazer muitos filhos. Nós não os fazemos, e mesmo se se der um milagre que faça com que os nossos filhos cá fiquem e estes desatem a dar-nos netos, este nosso défice crónico nunca se resolverá e dependeremos sempre da vinda de pessoas em busca de uma vida melhor.