Um ex-primeiro-ministro e um antigo banqueiro são acusados de crimes graves. Joe Berardo e André Luiz Gomes estão indiciados por vigarices. O motorista de Eduardo Cabrita atropela e mata um trabalhador, e o Governo comete todos os erros de comunicação possíveis e imaginários. O nosso sistema educativo público e o Serviço Nacional de Saúde têm visto a sua qualidade degradar-se. A gestão da pandemia parece dar sinais de descontrolo. Há uns espertalhões que passam à frente na fila das vacinas. Prevê-se uma época de incêndios complicada.
Pode o estimado leitor ter a certeza de que, num jornal, numa rádio ou televisão, várias pessoas garantiram que o Chega vai capitalizar com aqueles e com outros problemas que existam na nossa comunidade. E não, não são pessoas que participam naqueles programas do tipo vox populi nem são comentários retirados das caixas de comentários ou de entradas no Facebook ou no Twitter. São pessoas com presença habitual no espaço público, há muitos anos, ouvidas e respeitadas. Daquelas que sabem, ou deviam saber, que a sua opinião é, pelo menos, tida em consideração – ou não ocupariam esse espaço – por algumas pessoas.