Nova Iorque também é uma cidade dedicada aos mais pequenos. Será que crescer em Nova Iorque é igual a qualquer outro lugar do mundo?
À primeira vista tudo indica que sim, mas quando olho à volta, noto alguns detalhes, e penso que crescer aqui é diferente.
Tento identificar as diferenças que o Atlântico pode acentuar, observo as conversas dos pais que criam filhos por cá. Comparo os sobrinhos de cá com os meus sobrinhos biológicos, com saudades, pois estão em Portugal.
A diversidade que caracteriza a minha cidade, vejo com olhos ainda mais especiais para as crianças.
A semana passada fui com uma sobrinha e mãe dela assistir a um concerto, momento especial pois era o primeiro concerto ao vivo dela, e nada mais do que a Taylor Swift, e caso não se quisesse esperar na semana seguinte seria a Britney Spears ou a Beyoncé. O acesso cultural por cá é único, além de músicos, actores, bailarinos e outros artistas famosos. Todo a indústria sociocultural, seja Broadway, dança moderna ou um antropólogo famoso, acaba por se centrar, e muitos se tornam professores dos mais jovens.
Além da cultura, a diversidade racial, económica, religiosa é fascinante e única. Noto que para os meus sobrinhos novaiorquinos é banal os amigos terem dois pais ou duas mães, de serem de múltiplas religiões, etnias. Acesso a inúmeras tradições, culinárias e outras perspectivas faz com desenvolvam e tenham acesso a gostos diferentes.
Há sempre algum preço a pagar, não é? O metro quadrado do quarto é pequeno e há bastantes ruídos nesta cidade que nunca dorme. Penso que também se criam expectativas, em que se acha que todos os filmes sejam sobre a cidade deles, e que outros meninos no mundo também tem acesso a tantas vivências.
A riqueza de crescer em Nova Iorque é uma experiência de vida única, realmente ser o fruto desta diversidade, é muito gratificante, para os miúdos e graúdos.
Dias sem ir a Portugal: 132 dias.
Por aqui, fala-se muito sobre a presidência, as tarifas e o diz que não disse!
Um número surpreendente 116 mil bebés nasceram cá em 2015.
Sabia que por cá as férias de verão, enquanto os pais trabalham são passadas nos campos de férias, na cidade ou fora.