Quem andou por este País fora, neste Agosto, ouviu a mesma queixa em restaurantes, cafés e hotéis de norte a sul: não há gente para trabalhar. No Algarve, há muito fadado pela enorme sazonalidade estival, a situação é notória e agravou-se muito depois da pandemia: há espaços com horários reduzidos por falta de pessoal, equipas no limite, longas filas e níveis de serviço que deixam muito a desejar. Se isto era já um cenário frequente, este ano foi ainda pior.
O problema é particularmente grave tendo em conta o óbvio, que convém relembrar: o turismo é a mais importante fonte de receitas nacional e a tábua de salvação que acaba sempre por nos tirar das crises: foi assim em 2014 e é assim agora, na recuperação pós-pandemia.