Um terreno em estado selvagem, duas casas, uma maior e outra pequena, velhíssimas. Trouxe comigo o Vicente, que estranhou o teto em bico da casinha. Deitados na laje de cimento, esperamos cá fora pelo sr. Manuel. Olhamos o céu. Achas que o céu é como o teto da casinha, como o do teu quarto ou como o daquela igreja que vimos ontem?, pergunto ao Vicente, simulando com as mãos um ângulo, um plano e uma abóbada. Ele franze a cara como se a pergunta fosse disparatada. Trapalhonamente responde, Méiu quato. Que bom deve ser o mundo existir assim, antes de nos terem contado coisas de mais.
*