Conduzi o novo Citroën C4 Picasso de cinco lugares e gostei! O carro tem uma aparência bem diferente do modelo anterior e oferece um equipamento de conforto e segurança acima da média para o segmento onde está inserido. O design é expressivo com linhas dinâmicas. A dianteira é talvez a zona menos consensual. Baseado na nova plataforma EMP2 (Efficient Modular Platform 2) do grupo PSA Peugeot/ Citroën que será a base de diferentes modelos, o novo C4 Picasso possui 4,43m de comprimento, 1,83m de largura e um volume da bagageira de 537 litros.
O Citroën C4 Picasso integra um interface de condução 100% digital. O painel de bordo é estruturado em torno de dois ecrãs, colocados na secção central: um táctil de 7 polegadas e um panorâmico de 12 polegadas HD. O mais pequeno integra sete botões de pressão, que permitem comandar o conjunto das funções do veículo: climatização bi-zona, navegação, áudio, telefone, ajudas à condução e serviços de conectividade.
O ecrã panorâmico de 12 polegadas é original e tem uma particularidade que achei graça. O condutor pode mesmo definir um fundo de ecrã com uma imagem pessoal, carregando-a com uma ” pen ” através da entrada USB. O C4 Picasso dá um passo em frente na utilização das novas tecnologias. O Multicity Connect – comandado a partir do ecrã táctil de 7′ polegadas disponibiliza várias aplicações que facilitam a vida do condutor e dos seus passageiros, na busca da estação de serviço mais próxima, na procura de um hotel ou de um restaurante, ou também na obtenção de informações meteorológicas ou nos alertas das zonas de circulação a evitar. Para além das funções úteis no quotidiano, como o acesso ao interior e arranque em mãos-livres, a abertura elétrica da bagageira ou ainda a câmara traseira de estacionamento, o novo C4 Picasso propõe o sistema Vision 360, exclusivo no segmento: graças a quatro câmaras colocadas em redor do veículo, o condutor pode escolher várias vistas da viatura, como a visão de pássaro, apenas visão traseira ou visão panorâmica, esta mais prática para as saídas de garagens.
O sistema Park Assist não é uma novidade da Citroen, de qualquer forma, este sistema de auxílio de estacionamento ajuda o condutor no processo de busca por um espaço de estacionamento que, uma vez localizado, leva à realização de uma manobra automática. O condutor apenas tem que gerir a aceleração e a travagem. Não posso deixar de destacar o sistema de regulação de velocidade ativo, que recorre a um radar localizado no para-choques dianteiro, o qual deteta e alerta para qualquer desaceleração do veículo que segue à frente, ao mesmo tempo que mantém uma distância constante atuando com o acelerador e o travão motor, num limite de mais ou menos 25 km/h. Uma vez que o caminho fique desimpedido, o automóvel retorna automaticamente a velocidade programada. Este tipo de cruise control ativo é uma novidade neste segmento e dá muito jeito quando estamos cansados de pisar o acelerador nas viagens mais longas.
O novo Citroën oferece diferentes espaços de arrumação, distribuídos pelo interior do habitáculo. Destaque-se o espaço na secção central do painel de bordo que contem uma entrada para ” jacks “, outra USB e uma tomada de 220V, ideais para ligar o Smartphone ou Tablet, mantendo-os a salvo de olhares indesejáveis.
A marca francesa trabalhou bastante a aerodinâmica, isso é notório em estrada. O carro está mais leve, ágil. A redução de peso, associada a um tratamento aerodinâmico (SCx 0,71) e a adoção de uma gama de motores otimizados, resultam numa diminuição importante em termos de emissões e de consumos. Ah, claro, e no preço final deste monovolume. A redução de peso e o mais baixo centro de gravidade proporcionam um melhor equilíbrio entre conforto e rolamento em estrada. Ganharam-se, em média, 30 gramas em mais de 1 litro aos 100 km, comparativamente à anterior geração. Por outro lado, o novo C4 Picasso é o primeiro monovolume compacto equipado com motorizações térmicas que garantem menos de 100 g/km de CO2. De facto, o bloco e-HDi 90 Airdream, dotado de uma nova geração de caixas de seis velocidades pilotadas, não emite mais do que 98 g/km de CO2, obtendo-se um consumo misto – anunciado pela marca – abaixo de 5,0 l/100 km. Tenho de fazer mais alguns quilómetros para tirar as dúvidas, as unidades diesel e gasolina que conduzi tinha poucos quilómetros. Nas variantes Diesel, a tecnologia Stop&Start equipa o conjunto dos blocos (exceto HDi 90). O bloco principal da gama e-HDi 115 regista 104 gramas de CO2 com a transmissão automática (105 gramas de CO2 com caixa manual) e um consumo misto anunciado de 4 l /100 km. O C4 Picasso será o primeiro modelo da marca a integrar um motor BlueHDi, que cumpre com as normas Euro 6: o BlueHDi 150, emite 110 g/km de CO2.
A caixa de seis velocidades manual, disponível para todas as variantes diesel (exceto HDi 90), completa-se com uma nova caixa de velocidades pilotada de seis relações, garantindo melhores prestações: a ETG6 (Efficient Tronic Gearbox 6 speeds), que está disponível com os motores e-HDi 90 e e-HDi 115. A oferta em termos de caixas de velocidades será completada por uma transmissão automática de 6 velocidades, que estará disponível no primeiro semestre de 2014.
Para finalizar, e antes de falar do preço das diferentes versões. É importante referir que o Citroën C4 Picasso de sete lugares promete ter uma aparência bem diferente de versão de cinco lugares. A informação tem como base a opinião de Olivier Quilichini – Diretor Geral de automóveis Citroën – com quem conversei na apresentação internacional que aconteceu em Cascais. O novo Technospace está disponível com quatro níveis de acabamentos (Attraction, Séduction, Intensive e Exclusive).
O novo modelo já está á venda com os seguintes preços: