Ao longo dos dias que conduzi o BMW Série 1 Cabrio o tempo não ajudou! Aliás, o tempo não tem ajudado ninguém. Excepção feita a alguns milhares de sortudos que escolheram o Algarve como destino nos feriados do 10 de Junho. Fizeram bem! Eles e o Cristiano Ronaldo que não tem medo de andar de avião e viajou para Los Angeles para conviver com a Paris Hilton. Uma rapariga prendada e pouco recatada.
Eu fiquei por cá acompanhado de um vistoso BM Cabrio branco. Sim, a cor que está na moda. Eu confesso, em certos carros até gosto de ver, fica bem, não liguei nenhuma aos invejosos que disseram que o “meu carro” parecia um frigorifico. Um X6 ou um M3 branquinho, não gostam? Sim, eu sei. Gostam mas não compravam…etc e tal.
Como o tempo esteve incerto e já ninguém acerta nas previsões, peguei no BMW Série 118d Cabriolet, coloquei um blusão na bagageira, que tem capacidade para 260 litros, e decidi ir fazer umas curvas até Sintra para beber um refresco no café Paris. Ali mesmo ao lado do Palácio Nacional de Sintra. Apesar de ser muito difícil estacionar, o polícia de serviço “fechou os olhos” e eu consegui um lugar adequado. Acho que não estava de greve ás multas. O polícia olhou desconfiado mas não protestou. Afinal eu até podia ser um futebolista endinheirado, inspirado pelo romantismo do palácio, a quem ele talvez conseguisse pedir um autógrafo para o filho. Ou quem sabe, a Miss Hilton podia ir ter comigo ao café Paris e ele ter direito a uma fotografia com a famosa loira prendada, em mini-saia, sem capota.
Sentado a beber o meu refresco de final de tarde, reparei que o BMW Cabriolet 118d não passava mesmo nada despercebido. Portugueses e estrangeiros paravam junto ao carro, aproveitei para fazer uma sondagem à “boca da urna”. A abstenção foi praticamente nula e as expressões mais ouvidas foram: “Sem capota fica impecável” e “não me importava nada de ter um”.
A Paris Hilton não apareceu! O polícia ficou triste e eu decidi que o melhor que tinha a fazer era concentrar-me na condução. Brindei ao Ronaldo, fechei a capota de lona eléctrica, sintonizei o rádio numa estação de rádio com pouca publicidade, e acelerei pelo interior da serra de Sintra, rumo ao Guincho. Apesar do espaço algo acanhado no interior do habitáculo, em particular nos lugares traseiros, a posição de condução é perfeita. Não encontro ninguém da estrada, aproveito para provocar o dócil motor 1.8 de 143 CV. Sempre gostei de carros de tracção traseira, neste caso, o ESP actua apenas quando abusamos bastante. O comportamento em estrada é eficaz, a caixa de seis velocidades precisa, a suspensão é seca mas não penaliza o conforto, a direcção transmite-nos a informação ideal para controlar os movimentos da carroçaria.
Chego ao trânsito de Cascais, ligo o sistema “Stop and Start” que desliga automaticamente o motor nos semáforos. Carrego na embraiagem e o motor ganha novamente vida. Baixo o volume do rádio, o som rouco do motor diesel chega ao interior na medida certa. O consumo médio indica 5,5 litros. Primeira, segunda, terceira, o 118 d Cabrio demora a reagir (9,5 segundos dos 0 aos 100 quilómetros) e ganha alma apenas quando o ponteiro supera as 1700 rotações por minuto. Os valores oficiais indicam os 208 km/h como velocidade máxima.
A componente dinâmica é importante mas onde este cabrio deslumbra é sem dúvida na qualidade e no requinte dos materiais utilizados, além dos consumos. O BMW 118 d revelou-se um bom companheiro, sempre pronto a fazer novos amigos e amigas, e nunca esquecerei a noite de comemoração do 10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas – de cabelo ao vento, o CD dos Xutos e Pontapés a tocar e o Rio Tejo ali mesmo ao lado.
O Série 1 Cabrio está à venda em Portugal com 14 versões diferentes e preços que variam entre os 37.00 euros do 118 i aos 65.440 euros da versão topo de gama 135 i automático de 306 CV de potência.