Nos últimos anos assistimos a um aumento da procura de seguros de saúde, quer por parte das empresas, que viram neste uma oportunidade de completar os pacotes salariais, quer dos próprios particulares como alternativa ao Serviço Nacional de Saúde.
Embora nem sempre seja fácil comparar produtos de diferentes seguradoras, até porque as ofertas não são exatamente iguais em termos de coberturas, exclusões, etc, a verdade é que há alguns pontos a que deve prestar atenção. É que um seguro que é bom para o nosso amigo não significa que seja o melhor para nós. Desta forma, deixo-lhe uma ‘check list’ para ajudá-lo a escolher o melhor seguro de saúde para si. Veja ao que deve ter atenção:
A duração do contrato. Todos os seguros de saúde têm uma duração anual e alguns têm uma barreira limite de idade, o que significa que a partir de determinada idade pode ficar desprotegido. Se quer assegurar que isso não aconteça, tenha atenção a mais a este ponto: limite de idade para subscrição e permanência.
Outra situação a ter em atenção é a escolha das coberturas adequadas às necessidades. As duas bases costumam ser internamento e ambulatório. Os planos mais completos incluem outras coberturas, como parto, estomatologia, próteses e medicamentos. Uma das formas de conseguir poupar é evitar coberturas que não lhe interessam e que podem encarecer o seguro.
Depois também é importante comparar os limites de capital das coberturas. Por norma, cada seguradora define um limite por ano e por pessoa em algumas despesas específicas: óculos, próteses, etc. Quando estiver a comparar diferentes apólices de seguros verifique os valores que estão contemplados nestas situações.
Outros dos pontos a ter atenção quando está a comparar seguros são as exclusões. A maioria dos seguros de saúde não cobre doenças preexistentes (isto é, anteriores à subscrição do seguro), despesas com acidentes e doenças profissionais, cirurgia plástica, etc. Há também, por norma, uma lista de doenças e tratamentos sejam de infertilidade, obesidade, etc, que estão excluídos. Se algum tratamento que esteja excluído for relevante para si procure alternativas, que podem passar até por seguros com coberturas específicas. Mas quando estiver a comparar verifique este ponto porque às vezes um preço mais baixo pode esconder várias exclusões, até além das mais comuns.
Outro fator a ter atenção são os períodos de carência. Ou seja, o tempo que terá de esperar desde que contrata o seguro de saúde até poder utilizá-lo. Por norma, é comum acontecer no parto ou outras situações.
Avalie as modalidades de comparticipações. Existem essencialmente duas formas de comparticipação de despesas: através de reembolso e copagamento. No caso do reembolso de despesas de saúde, significa que uma pessoa com seguro que recorra a um prestador de cuidados de saúde fora da rede convencionada (os prestadores que têm acordo com a seguradora), a pessoa tem pagar a totalidade da despesa, sendo posteriormente reembolsado de parte do valor, após o envio do respetivo recibo à seguradora no prazo estipulado na apólice do seguro. A comparticipação depende do que estiver contratualmente definido.
Já o copagamento de despesas de saúde aplica-se apenas dentro da rede convencionada e corresponde à parte da despesa que terá de ser suportado. Vamos imaginar que tem uma consulta cujo valor são 50 euros, mas que naquele prestador, e com o seu seguro, a seguradora comparticipa 35 euros e, nesse caso, apenas terá de pagar 15 euros no ato da consulta. Os valores estão previamente tabelados e o ideal será fazer essa avaliação antes da contratação do seguro.
Antes de escolher um seguro de saúde avalie todos estes pontos, peça várias simulações mas, acima de tudo, verifique se as apólices que está a comparar são comparáveis. Hierarquize o que é mais importante para si ter incluído no seguro, e compare diferentes propostas. Acima de tudo, escolha o que é melhor para si tendo em conta o que pretende.