Em 2019 o que andou a dizer-se sobre si, sobre os outros e sobre tudo o que acontecia na sua vida, fê-lo sentir-se bem?
Foque a sua atenção em algumas dessas “certezas”. Será que agora pensaria o mesmo? Diria o mesmo? Faria o mesmo?
Se a sua resposta é “sim!”, então provavelmente se esses pensamentos se voltarem a repetir, irá fazer o mesmo que fez e sentir-se da mesma forma.
Mas se a sua resposta é, “poderia ter pensado melhor, poderia ter dito ou feito algo diferente”, acredite, se se voltar a repetir, aquilo que sentirá será, também, algo muito diferente.
Quantas oportunidades perde ou adia de viver experiências extraordinárias, apenas porque acredita no que a sua mente lhe diz?
Sabe porque muitas vezes não consegue o que quer?
Porque a sua mente o sequestra!
E quem são os sequestradores contra os quais você acredita não ter poder para os vencer? Muitos!
Quantas vezes se diz “não consigo”, “não vai dar nada”, “vou magoar-me”, “vou sofrer”, “é demais para mim”, “não é para mim”, “no que me vou meter”, “vou espalhar-me” , “vai dar mau resultado”, “vou falhar”, “não aguento”, “não podes”, “é demasiado arriscado”, “vai ser muito complicado”, “já me dei mal”, “vai acontecer o mesmo”, “não estou preparado”, “antes preciso de “, “não mereço tanto”, “não estou à altura”, “não tenho capacidade”, “ não devia”, “vou errar”, “é perigoso”, “o que vão dizer”…
E porque acredita em tudo o que esses sequestradores da sua mente lhe dizem, não faz o curso ou a formação que tanto deseja, não concorre aquele emprego que tanto queria, não se atreve a fazer aquela dieta ou desporto mais radical, não conhece sítios e pessoas diferentes, não tem a relação que quer, não vai atrás de quem gosta, não conquista quem quer conquistar, não diz o que pensa, sente e quer, não se faz feliz, porque acha que não merece…
E pergunto: Que valor está a pagar por abrir mão de ser e de viver? Em troca do quê? De agradar aos outros? Também! Mas, esqueça, porque jamais o vão ver ou valorizar.
Os sequestradores da sua mente dizem-lhe que sempre valerá a pena confiar neles, e que o que lhe dizem é a verdade absoluta. Será que é?
Como sabe que lhe dizem a verdade?
Quantas vezes se arrependeu de não ter confiado mais nas suas capacidades, talentos, aptidões, recursos e de ir atrás do que realmente queria?
Sabe o que distingue as pessoas que “sobem montanhas” daquelas que ficam a olhar para elas, repetindo “não consigo, não consigo, não consigo”?
Não acreditarem naquilo que os sequestradores da sua mente lhe dizem, nem inventarem trincheiras que não os deixam ver o que acontece do outro lado.
E quem são os sequestradores?
Os sequestradores da sua mente que lhe dizem “não consegues” e toda uma panóplia de coisas que o bloqueiam, que o fazem acreditar que vai dar-se mal e falhar, e que o podem fazer petrificar em vez de viver são: o medo, a culpa e um conjunto de crenças que “muitos alguéns” lhe meteram dentro da cabeça ou que você, fruto das mais variadas experiências acreditou serem verdadeiras, e que por isso mesmo nem sequer interroga.
Sabe o que por exemplo esta nova e generalizada crença no que respeita às relações amorosas de “vamos ver” depois de já se conhecerem há um ano, ou “isto não vai dar nada” depois do primeiro encontro, está a representar em termos de saúde mental? O medo e o receio de investir nas relações e as defesas exacerbadas em nome do despiste de uma dor ilusória, faz com que as pessoas se sintam cada vez mais inseguras, mais sozinhas, mais angustiadas e desesperadas.
As marcas deixadas pelas relações passadas podem, por associação, “dinamitar” qualquer relação que venha a acontecer, a menos que se decida interrogar a mente, interrogar alguns desses pensamentos assassinos de relações saudáveis, e dar uma oportunidade ao Amor e à vida. De outra forma, se continuar a acreditar em tudo o que a sua mente lhe diz, e a contar-se a mesma história vez após a vez, vai continuar a tentar sobreviver numa espécie de apertada teia de aranha, de onde só você pode e sabe sair.
Se anda a dizer-se coisas menos agradáveis, sobre si, sobre os outros, sobre a vida… se se senta constantemente na cadeira do futuro e faz previsões catastróficas… se o passado parece uma “lapa” na sua vida…se só vê barreiras e bloqueios e procrastina sem parar, se anda a dar demasiada importância aquilo que os outros pensam ou dizem sobre si e sobre o que faz ou deixa de fazer… se não acredita como devia, nas suas capacidades, dons, atributos e essência única, e anda a deixar a sua vida ser comandada por receios, medos, crenças, culpa, pressões e juízos de valor vindos do exterior… está a deixar que esses sequestradores controlem e ditem o que a sua vida foi, é e será.
Também, se foca a sua atenção na resolução de um problema e faz depender a sua vida e felicidade da resolução do mesmo, ser-lhe-á muito difícil ver o que de bom tem e acontece na sua vida.
Tem a certeza que é isso que quer viver neste novo ano de 2020 que agora começou? Não creio!
Todos temos medo. Mas existe um medo que nos protege e outro que nos destrói. Todos sentimos culpa. Mas existe uma culpa reparadora e outra que nos aprisiona e nos deixa embriagados de solidão. E esta não serve para nada e hipoteca a sua felicidade.
Todos nós pensamos e dizemos coisas menos agradáveis que nos fazem sentir menos bem, connosco e com os outros, mas é preciso saber que muitas delas não são verdade, e tratarmo-nos com mais respeito e admiração, a nós e aos outros.
Todos temos pensamentos que nos fazem menos bem, autossabotadores da nossa alegria, entusiasmo e energia positiva, que colocam a nossa saúde mental e física em causa. Mas, é preciso estarmos atentos, identificá-los, interrogá-los, e a muitos, mandá-los passear e substituí-los por pensamentos que nos façam sentir bem, ter esperança e confiança em nós e no futuro.
Porque a vida está a correr e não espera por si, observe que história se está a contar agora mesmo, sobre si, sobre os outros, sobre o seu passado, sobre a sua vida, sobre o seu futuro… todas essas histórias fazem-no sentir bem?
Especialmente, o que se diz sobre si, e sobre o que consegue, fá-lo sentir bem? Se sim, parabéns! Se não, precisa descobrir-se, descobrir o seu imenso valor e acreditar muito mais nele do que em qualquer sequestrador.
Não pode permitir que seja o medo, a culpa, os seus pensamentos e emoções autossabotadoras e companhia limitada, a decidir a sua vida.
Sabe qual a diferença entre as pessoas que conseguem quase tudo a que se propõe e as que raramente conseguem o que querem? Os seus pensamentos, emoções e a forma como os gerem. Porque a autoconfiança começa naquilo que pensa sobre si…e se pensar que consegue, vai conseguir!
Porque este tema dá um livro, prometo voltar a ele!
Decida, agora mesmo, livrar-se desses sequestradores que o mantêm refém, ainda que consciente ou inconscientemente, criando uma série de obstáculos e empecilhos, e parar de autossabotar-se, confiar em si e olhar para esse que é o maior presente que o nosso Criador nos deu: Viver!
Você quer, precisa, consegue e merece amar, sentir-se amado e tocar a Felicidade, todos os dias da sua vida!
Maravilhoso 2020 para si!
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