Essas condições podem envolver os conjuntos de dentes primários ou permanentes, mas a maioria dos casos envolve os dentes permanentes.
As agenesias são anomalias relativamente frequentes na dentição definitiva apresentando uma prevalência para a população portuguesa que varia entre os 5,6 e os 6,5%, excluindo os terceiros molares. Ocorre mais frequentemente nos indivíduos do sexo feminino.
A agenesia dentária é frequentemente associada a um grupo de condições que afetam o desenvolvimento dos dentes, cabelos, unhas e glândulas sudoríparas chamadas displasias ectodérmicas.
É caracterizada por uma ausência parcial ou completa de dentes. Uma vez que todos os dentes decíduos geralmente estão presentes aos três anos de idade, a ausência é, normalmente, observada quando um médico dentista é consultado, após exame clínico e radiográfico. Com exceção dos dentes do siso, todos os dentes permanentes geralmente estão presentes entre os 12 e os 14 anos. Quando os dentes não aparecem na idade apropriada, é executada geralmente uma radiografia panorâmica.
Quais os dentes que são mais afetados?
Ocorre mais nos segundos pré-molares inferiores, seguidos pelos incisivos laterais superiores e os segundos pré-molares superiores. O diagnóstico é feito pela observação da ausência de um ou mais dentes. Assim, conforme o caso, pela presença do dente decíduo que ainda permanece em época que já deveria ter sido substituído pelo permanente. É constatado radiograficamente a ausência do gérmen dentário.
A terapêutica vai no sentido de intervir, principalmente, em manter o encaixe dentário (oclusão), ou pela manutenção dos dentes decíduos, ou pela colocação de implantes dentários (em idade adulta), ou pelo encerramento ou abertura do espaço através de ortodontia ou ortopedia funcional ou pela confeção de próteses convencionais.
Abaixo mostramos dois casos com duas abordagens diferentes :
O 1º um caso clássico de agenesia de incisivos laterais superiores, de uma paciente do sexo feminino. Neste caso particular e após um estudo prévio, constatou-se que não era necessário a colocação de um aparelho dentário, nem a colocação de implantes dentários.
Através do estudo, aprovou-se junto da paciente a colocação de facetas dentárias, em que se transformou os dentes caninos superiores em laterais e os primeiros pré molares, em caninos. Conseguiu-se com isto um tratamento minimamente invasivo, muito rápido e sobretudo com alta resolução estética.
O 2º caso, em que a paciente também do sexo feminino, tinha ausente os caninos superiores e em que mantinha na arcada os dentes de leite respetivos.
Nesta situação, executámos dois implantes na zona correspondente aos caninos, com a colocação posterior de duas coroas cerâmicas com a forma desejada.