Já alguma vez pensou no poder de uma única palavra?
Já alguma vez sentiu que uma só palavra, só pensada, ou dita, pode ter o poder extraordinário de mudar tudo?
Já alguma vez imaginou viver na “pele” de algumas palavras?
Como será a vida de determinadas palavras como, por exemplo: negativo, mau, péssimo, horrível, mal, insatisfeito, maldisposto, ”chateado”, complicado, complexo, impossível, improvável, asneira, estúpido, burro, cretino, culpado, medo, devia, tenho, stressado, desmotivado, desconfiado, ansioso, farto, exausto, desesperançado, angustiado, depressivo… sem poderem “descansar” e a terem de estar sempre em “estado de alerta” para “entrarem em cena”, e o fazerem sentir de acordo com o seu significado?
Quantas “palavras gastas” “guarda” no “armário” da sua mente, que o fazem, vez após vez, andar à volta do mesmo “poço sem fundo e sem água”, sem conseguir deslumbrar o “oásis” que se encontra “logo ali” á sua frente? Uma? Dez? Mil? Milhões?
Palavras, não são só palavras. Elas têm um enorme poder sobre si, sobre o que sente, sobre os outros, e como eles se sentem.
Sabia que tudo o que se diz, e o que diz aos outros, é revelador do seu mundo interior. E o que não diz, também o é.
As palavras que diz todos os dias, a toda a hora, de forma “automática”, determinam como se sente, e como os outros se sentem. E, essas palavras podem fazê-lo sentir-se bem, menos bem, ou mesmo muito mal. A si, e aos outros.
As palavras que se diz, ainda que só em forma de pensamento, podem animá-lo, fortalecê-lo, entusiasmá-lo, energizá-lo, fazê-lo sorrir, acreditar e confiar em si, como podem fazê-lo sentir “carregar” não uma “montanha”, mas os “Pirinéus às costas”, enfraquecê-lo, desanimá-lo, retirar-lhe toda a energia, sentir-se triste, angustiado, perdido, sem autoconfiança, sem expectativas, sem um sentido grandioso de vida.
As palavras que diz aos outros, podem consolar, acalmar, serenar, alegrar, curar, fortalecer, reanimar, dar paz e serenidade. Mas, também podem fazer com que sintam uma profunda dor, culpa, medo, horror, crítica, raiva, mágoa, indiferença, frustração, sensação de que não são aceites, de que falharam, de que são “pequeninos”… ainda que sejam grandes.
As palavras que os outros lhe dizem, podem fazer com que sinta que vale a pena escolhê-los para os ter na sua vida, ou exatamente o contrário, que os tem de “deixar á porta” ou “convidar a sair”, mas isto pressupõe saber quem é, para onde vai, o que quer, saber renunciar, uma autoestima e autoconfiança reforçadas, e a decisão de não necessitar da aceitação de terceiros, o que na atual sociedade, pode ter um “preço demasiado elevado a pagar”. Existe quem o faça, e seja Feliz no meio de uma floresta, ou no Alasca.
Caso contrário, essas mesmas palavras, poderão “doer muito” e, muito embora possa não o admitir, tudo o que lhe dizem vai afetar, de uma forma ou de outra, como se sente e a sua vida.
Vê o poder que todos nós temos a cada instante na nossa mente e na nossa “língua”?
Se conseguirmos interrogar aquilo que pensamos de menos bom, senão mau de todo, relativamente a nós e aos outros, e “treinar” a nossa língua, para ficar “quietinha”, até ordem em contrário, talvez existisse menos tristeza, menos angústia, menos ansiedade, menos desespero, menos raiva e revolta, com todas as consequências daí advenientes.
Não digo que coloque uma espécie de “Pide” à “porta” da sua mente. Não é isso! Apenas que se dê tempo para interrogar e validar alguns dos seus pensamentos, antes de os transformar em “dogmas” ou afirmações. Que mude de discurso interior e exterior. Que invente um “Novo Discurso” que faça, não menos mal, mas BEM a si e aos outros.
Também não digo que se cale, que “engula” as palavas, em vez disso, que as “pense”, não que as “estrangule”, mas que se pergunte qual a sua “origem”, pois se “meter para dentro”, o seu corpo pode começar a “despertá-lo”, primeiro baixinho, depois mais alto, e por fim, “com música até ao teto”, querendo avisá-lo que as palavras que não disse, porque não conseguiu dizer, estão todas ali, e ali, e ali, e ali, junto com o medo, a culpa ,as crenças irracionais, os mitos, e todos os fantasmas… e são tantas quantas as dores sentidas.
Nada disso! O meu desafio vai no sentido, não de deixar de se zangar quando é preciso, não de calar “o que vai aí dentro e precisa sair”, mas de o fazer, depois de pensar e escolher as palavras com que o quer dizer.
Assim evita “autodestruir-se” e “destruir” outros, “apontando espingardas” e baleando-se a si e aos outros.
Quanto aos seus pensamentos menos positivos, imagine que está apaixonado e que quer conquistar uma pessoa muito especial para si, mas que, pensa repetidamente: “Jamais vou conseguir conquistá-la, porque ela não vai querer nada comigo”, “Isto não vai dar certo nunca, porque não estou à “altura” dele”, “Ele não vai querer nada com uma pessoa como eu”,” Ela tem mil interessados, porque me escolheria a mim?” e por ai fora…
O que lhe parece que vai acontecer? Vai conseguir conquistar o coração dessa pessoa com esses pensamentos? Esses pensamentos fazem-no sentir bem? Crê que essa pessoa vai gostar de estar ao lado de uma pessoa a pensar desta forma? É agradável para si estar consigo próprio?
Estas perguntas pode fazê-las a si próprio, adaptando-as, nas mais variadas situações da sua vida.
Sabia que o seu cérebro vai acreditar em tudo o que lhe diz, “colar” nos seus neurónios estas “pseudoverdades absolutas”, e o resultado é sentir-se, senão a pior pessoa do mundo, “um zero á esquerda”, a sua autoestima irá pela “rua da amargura”, e a sua vida pode parecer-lhe uma “casa assombrada”. A si e aos outros.
Que tal mudar esse “diálogo interior”, e tentar perceber de onde tudo isso vem? Sempre teve esses pensamentos menos bons? Alguma experiência o marcou nesse sentido e, a partir dai, a sua autoconfiança veio por ai abaixo? Que medos estão por detrás? Sente medo que as histórias se repitam? Elas são todas diferentes, sabia? Se nunca correr o risco, nunca vai saber.
O que pensa e diz “da boca para fora” revela o que está “da porta da sua casa para dentro”.
Quanto à forma como se sente, ela é diretamente afetada pela “limpeza” que lhe faz todos os dias, a cada momento.
Decida hoje mesmo pegar no seu “aspirador”, nos “detergentes”, nos “panos de limpeza”, no “balde”, e fazer uma “limpeza” a todos esses “móveis” cheios de pensamentos e de palavras que só o fazem sentir menos bem. Novamente… A si, e aos outros!
Pare de se “maltratar” psicologicamente e de “maltratar” os outros.
Neste Natal, desafie-se e “contrua duas pontes”: Uma de si… para si. Outra de si… para os outros. Use palavras! Muitas, mas “doces”!
Mas, não só neste Natal, no próximo ano também, e no outro, e no outro… todo o tempo, durante toda esta “passagem” que tem o nome de VIDA!