Levantam-se vozes sobre o que terá acontecido em Portugal, à semelhança das conclusões agora anunciadas sobre os casos de abuso sexual de menores dentro da Igreja Francesa. Apenas breves notas sobre quem, por vezes, denuncia e…
– durante 3 anos e 10 meses tem segurança pessoal por dois elementos da PSP
– vê os dois filhos mais velhos nascerem com polícia à porta do quarto do hospital
– responde por sucessivas queixas contra si próprio na Ordem dos Médicos
– recebe durante meses telefonemas anónimos que as autoridades competentes não conseguem descobrir de quem são ou de onde vêm
– paga indemnizações a arguidos que, depois, não o são
– enfrenta queixas crime por alegada difamação
– vê a sua casa assaltada e vandalizada com o nome dos seus três filhos escritos na porta de entrada
– é exposto a conversas com pessoas do seu círculo próximo que o aconselham a ter “cuidado” ou, simplesmente, a desistir
– pergunta, por último, no seu diálogo interior: vale a pena?
Eis um pouco da minha experiência pessoal e profissional sobre denúncias de casos de abuso sexual de menores. De acordo com a célebre frase de Lloyd de Mause, no seu livro The history of Chilhood: “a história da infância é um longo pesadelo do qual apenas agora estamos a acordar”.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.