Um novo estudo mostra que os glaciares da Gronelândia estão a derreter da forma mais rápida do que em qualquer altura dos últimos 350 anos e que isso de deve ao aquecimento global.
Em comparação com o início da era industrial há mais 50% de gelo derretido que está a sair da área da Gronelândia e a entrar no Oceano Ártico. Só desde o séc. XX houve uma aumento de 30%.
O colapso dos glaciares está “no limite”, refere Luke Trusel, um dos autores do estudo. “Como resultado disso a subida do nível do mar é maior do que em qualquer altura dos últimos 350 anos, se não for milhares de anos”, diz.
De acordo com a investigação, o aumento exponencial de água proveniente da quebra dos glaciares deu-se em meados do séc. XIX, “quando começámos a alterar o ambiente na Terra”.
As massas de gelo vão derreter-se de forma contínua por cada grau de aquecimento do planeta, avisam, e o que se observou até agora é apenas uma parte pequena daquilo que pode acontecer se não travarmos as alterações climáticas.
Para realizar o estudo, os cientistas usaram uma broca para perfurar o gelo e retirar amostras e estudaram que tipo de fusão ocorreu desde o séc. XVII. Este método permite examinar mais a fundo as “responsabilidades” das alterações climáticas no desaparecimento de glaciares do que as normais imagens de satélite, que só existem desde 1970.
O mar subiu 10 a 20 cm no último século, mas nos últimos 20 anos a rapidez com que aumenta é muito maior.
Mesmo pequenas subidas podem hoje causa grandes destruições costeiras, através da erosão do habitat, inundações e tempestades mais fortes.