“Lamento informar que 17 pessoas perderam a vida”, disse o xerife Scott Israel, que confirmou que o suspeito de ser o autor do tiroteio “é Nikolaus Cruz”, um antigo aluno de 19 anos, que foi detido pelas autoridades já fora do perímetro escolar.
Segundo o xerife, o suspeito foi anteriormente expulso da escola e tinha em sua posse, pelo menos, uma espingarda semiautomática.
Scott Israel referiu que a maioria das vítimas mortais estava no interior da escola, apesar de também terem sido encontradas vítimas mortais no exterior do edifício.
18º tiroteio deste ano
O tiroteio de quarta-feira é o 18º incidente do género numa escola nos Estados Unidos desde 1 de janeiro, segundo ativistas, que frisam não haver nenhum país desenvolvido no mundo com um tal registo.
“É o 291.º tiroteio numa escola desde o princípio de 2013”, alertou Shannon Watts, fundadora da organização contra a proliferação de armas de fogo nos Estados Unidos “Moms Demand Action for Gun Sense in America”.
Muitos dos tiroteios ocorridos em escolas norte-americanas nunca chegam às primeiras páginas dos jornais nacionais, dada a banalidade com que ocorrem.
Há em média um tiroteio por semana numa escola, segundo a organização Everytown for Gun Safety, que defende o endurecimento das regras para a posse de armas individuais.
A 23 de janeiro, um aluno levou uma arma para o liceu, no estado de Kentucky, e começou a disparar à hora do início das aulas. Matou um rapaz e uma rapariga, ambos de 15 anos, como ele.
Na véspera, um adolescente tinha sido ferido a tiro na cantina do liceu, no Texas, e outro, de 14 anos, foi atingido a tiro no pátio da escola, em Nova Orleães.
Nos dias antes, tiros foram disparados contra autocarros ou estabelecimentos escolares no Iowa, Seattle, Califórnia.
Alguns casos passados provocaram forte comoção no país pelo elevado número de vítimas e a sua reduzida idade. Colombine, em 1999, Virginia Tech, 2007, ou o massacre de Sandy Hook, 2013, onde 20 crianças de 6 e 7 anos foram abatidas.
com Lusa