Figueira da Foz, Coimbra, 12 out (Lusa) – A morte de cinco pescadores no naufrágio do arrastão Olívia Ribau, ocorrido na terça-feira à entrada do porto da Figueira da Foz, seria dificilmente evitável devido ao crónico desinvestimento no salvamento costeiro, afirmaram hoje estruturas sindicais.
Em comunicado conjunto enviado à agência Lusa, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) e a Associação Sócio Profissional da Polícia Marítima (ASPPM) afirmam que um país como Portugal, “com aproximadamente 1.800 km de costa, não pode assegurar uma rápida assistência marítima sem dispor de Estações de Salvamento Costeiro devidamente guarnecidas, equipadas, treinadas e em prontidão imediata”.
Na nota, as organizações sindicais relembram o naufrágio da embarcação Luz do Sameiro, ocorrido em 2006, “a 50 metros da praia da Nazaré”, frisando que esse acidente “perante a inércia das autoridades” provocou a morte de seis pescadores e apenas um sobrevivente “e deveria ter resultado na inversão de paradigma, e não o retrocesso que se verificou” nos anos seguintes, acusam.