Lisboa, 14 jul (Lusa) – O primeiro-ministro português defendeu hoje que, se não houvesse acordo, a saída temporária da Grécia do euro era inevitável e considerou que esse cenário até poderia ser do interesse do Governo grego.
Em entrevista à SIC, a partir da sua residência oficial, em São Bento, Lisboa, Pedro Passos Coelho alegou que o Eurogrupo esteve sempre unido em relação à Grécia e que o Governo do Syriza não foi ameaçado pela Alemanha.
“A posição da Alemanha não era uma posição de ameaça à Grécia, era uma questão de discutir todas as possibilidades com o Governo grego. O Governo grego poderia ter interesse, durante algum tempo, em colocar-se fora das regras do euro para poder aplicar uma política económica diferente que as regras do euro não consentem. Se não tivesse havido um acordo, nós teríamos de preparar um cenário desse tipo”, sustentou.