Lisboa, 10 jul (Lusa) – O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse hoje ser uma “ilusão” pensar-se que a reforma do Estado traz “profundas” poupanças orçamentais, lembrando as fatias da despesa pública centradas nas prestações sociais e salários.
“Mais de dois terços da despesa pública concentram-se justamente nas prestações sociais e nos salários. Não vale a pena contornar esta discussão. Nós temos limitações óbvias do ponto de vista constitucional para lidar com o problema dos salários. E nenhum governo pode ir contra a Constituição. Essa é uma matéria que está esclarecida”, vincou o governante.
Passos Coelho falava em Lisboa, na sessão de encerramento do II Congresso das Empresas e das Atividades Económicas, organizado pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, e na sua intervenção abordou matérias como a reindustrialização da economia portuguesa, a governação das empresas, o contexto europeu e as oportunidades do mesmo para Portugal, e a reforma do Estado.