Vila Nova da Barquinha, Santarém, 27 mai (Lusa) – A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) considerou hoje que os caudais baixos no Tejo são “fenómenos relativamente recorrentes”, tendo reiterado que a Convenção de Albufeira (CA) está a ser “cumprida” pelas entidades espanholas.
Na sequência do alerta da associação ambientalista ProTejo, segundo a qual as barragens portuguesas do rio Tejo “estão a reter mais água do que aquela que recebem e também têm sido responsáveis pelos diminutos caudais que se observam”, a APA informou hoje que o Tejo “tem, por natureza, um regime hidrológico muito irregular que se caracteriza por ter caudais muito altos (14.000 m3/s), altos (4.000 m3/s), médios (cerca de 300 m3/s), caudais baixos e, por vezes, muito próximos de zero”.
“É um fenómeno relativamente recorrente, uma vez que é frequente existirem caudais instantâneos quase nulos, sendo que o resultado diário não será obrigatoriamente zero”, segundo uma nota da APA enviada à agência Lusa, que aponta os anos de 1991/92, 1992/93, 1998/99, 2004/05 e 2011/12, como “exemplos mais críticos” de períodos com registos de caudais baixos nos últimos 25 anos.