Figueira da Foz, 13 nov (Lusa) – A advogada Ana Moreira, presidente de uma secção concelhia da Ordem dos Advogados (OA), considera que a abertura de uma auditoria pelo Governo aos honorários cobrados por serviço de apoio judiciário teve a finalidade de protelar os pagamentos.
Em declarações à agência Lusa durante o Congresso dos Advogados Portugueses, que hoje encerrou na Figueira da Foz, a causídica, que é presidente da secção de Condeixa-a-Nova da OA, entende que a situação de crise que o país vive poderá ter influenciado a decisão.
“Eu creio que isto foi uma manobra dilatória. Eu penso que os pagamentos irão sendo feitos, mas de uma forma lenta, independentemente dos resultados da auditoria”, observou, num dia em que o Bastonário da Ordem dos Advogados revelou que as dívidas do Estado aos colegas ascendem a 37 milhões de euros.