Bruxelas, 30 set (Lusa) – O julgamento do caso do livro “Tintin no Congo” começou hoje em Bruxelas, no âmbito do processo aberto por um cidadão congolês, que reclama a proibição da obra ou a introdução de uma mensagem sobre o conteúdo alegadamente “racista”.
O queixoso, Bienvenu Mbutu Mondondo, considera que a obra de banda desenhada de Hergé “faz a apologia da colonização” e constitui “um insulto à população negra”, solicitando assim que a justiça belga retire o álbum de circulação e o “proíba em todo o espaço público”, conforme declarou antes da audiência, citado pela agência Efe.
“Tintin no Congo” já foi objeto de polémica no Estados Unidos, França, Suécia e Reino Unido – onde, por decisão judicial, inclui uma mensagem explicativa do contexto histórico da obra -, mas agora o processo desenrola-se no país natal do autor, Georges Remi, mais conhecido como Hergé (1907-1983), onde o herói de banda desenhada é um símbolo nacional.