Maputo 14 ago (Lusa) — O sistema de passagens semi-automáticas em Moçambique é contestado por professores do ensino primário, alegando que é um motivo de mau aproveitamento dos alunos, alguns dos quais, em classes adiantadas, incapazes de ler frases simples.
A passagem semi-automática nas classes que não têm exames foi introduzida pelo Governo moçambicano em 2004 como forma de reduzir altíssimas taxas de reprovação.
“As passagens semi-automáticas trouxeram um mau aproveitamento, porque o aluno não fica preocupado em estudar, não se preocupa em fazer os trabalhos de casa, e nas provas é uma loucura: não conseguem escrever nada, nem o seu próprio nome”, disse à Lusa Palmira António professora há 28 anos no primeiro ciclo do ensino (1º ao 5º ano), a lecionar nos arredores de Maputo.