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Da próxima vez que a Melinda se filmar a cantar no duche, o vídeo pode ser retirado do youtube, não pela sua nudez nem por que a Melinda cante mal, mas porqu não tem os direitos de autor daquela cancão. Isto, elevado a um limite, pode significar que o dia seremos multados por o Chico Fininho no autocarro. Tudo isto está em cima da mesa a propósito do Sopa e do Pipa, as leis antipirataria que serão votadas nos Estados Unidos, que podem provocar o fim da Internet tal como a conhecemos, sem que com isso se salve necessariamente a indústria (cinematográfica e discográfica). A palavra que mais se usa é censura, num mundo virtual que, até agora, tem sido relativamente livre (com todos os perigos afetos à liberdade).
O SOPA responsabiliza os sites por monitorizar todo o conteúdo albergado. Muitos já o fazem, por exemplo, em relação a matérias para adultos, mas a maioria funciona num estilo de autofiscalização (são os próprios utilizadores que fazem as denúncias) . Mas segundo esta nova lei sites como o Youtube ou o Facebook teriam que se assegurar que os conteúdos publicados são livres de direitos de autor. Como a maior parte destas redes não têm sede nos Estados Unidos, não seria possível encerrá-los, mas prevêem-se medidas tão drásticas como o bloqueio do site a utilizadores americanos ou o impedimento legal de publicidade de empresas americanas.
Tudo isto com o pretexto de proteger os direitos de autor. Mas os especialistas temem que se abra um precedente de censura e é por isso que sites como a Wikipédia, o Facebook e o Google se uniram num protesto contra esta sopa. Protesto que para já teve o resultado de adiar a votação da lei. A aprovação da lei significaria um retrocesso civilizacional.
O mais curioso é que, sob um pretexto diferente, os EUA podem estar prestes a aprovar o mesmo tipo de restrições que são feitas em sociedades ditatoriais, como a China, a Coreia do Norte ou o Irão. E, na prática, esta lei poderia ditar o fim de alguns dos maiores sites do mundo. Acabem com o Facebook, o Youtube, a Wikipédia e depois queixem-se. A quarta guerra mundial pode começar assim.