Escorreram da mente criativa de Fernando Pessoa e foram batidos à máquina tingindo o papel de onde nunca saíram. O mais conhecido e reconhecido escritor português viu no Cinema, há quase 100 anos, mais um escape para a sua vasta veia criativa. Os guiões de Pessoa, que são amplamente desconhecidos do grande público, estão detalhados no livro “Fernando Pessoa, Argumentos para filmes”, de 2011, edição Babel. Os autores Patricio Ferrari e Claudia Fischer fizeram a recolha dos documentos e fornecem o contexto da forma como a 7ª Arte foi várias vezes referida em obras de Pessoa. E o escritor produziu 6 argumentos para cinema. Os documentos, inacabados, estão em português, inglês e francês.

Foi preciso esperar quase 1 século para ver a materialização da adaptação ao grande ecrã de um desses guiões. A curta-metragem chama-se “O ídolo” e esta é, mesmo, uma abordagem única: todo o filme foi capturado pelas lentes de um telemóvel. A obra concretiza-se numa curta-metragem que resulta de uma iniciativa da Samsung que juntou o realizador Pedro Varela e a produtora Blanche Filmes.
Processo criativo
O realizador português, que também escreveu o guião de “O ídolo”, reconhece que os guiões de pessoa para o cinema são: “desafiantes e complexos. Densos e bastante modernos na sua estrutura. Cheios de curiosidade pela natureza humana, sempre a viver da reação a uma situação ou desafio… que é na verdade um dos melhores combustíveis para uma história”, explica Pedro Varela, acrescentando que «este argumento, e um pouco à semelhança de outros deixados por Pessoa no mesmo período, remete para objetos de arte de grande valor, viagens transatlânticas e sempre a ideia de jogar com o que parece, e que nem sempre é. O género também estava bem definido no cabeçalho de “Note for a Thriller, or Film”. As suas ideias eram influenciadas parece-me, pelo género muito em voga na época e popularizado pela literatura, de crimes, suspense e mistério, o thriller. Em trabalho de equipa com a Agência, definimos a época e o tom etc… Depois fechei-me e entrei num processo igual ao de sempre, procurar até encontrar. A página onde Pessoa descreve a sua ideia para este filme é o suficiente para nos transportar para estas viagens transatlânticas entre Nova Iorque e a Europa, escrita em inglês, como a maioria das suas notas sobre cinema. Depois de pesquisar e começar a formar ideias, nascem as personagens, que depois começam a falar etc… e no meu caso nunca sei quem irá falar mais, já comecei guiões a pensar que X era o protagonista, e subitamente tudo mudar, e tratar-se afinal da história de Y. Mas a minha decisão mais importante no “Ídolo”, foi trazer a língua portuguesa para o projeto, tinha de falar-se em português, e claro manter o universo falado em inglês, da ideia original».

Filmar com o Galaxy S21 Ultra 5G
A Samsung colocou a Pedro Varela um desafio: a curta-metragem teria de ser gravada na íntegra com o mais recente smartphone topo de gama deste fabricante. A escolha pelo guião “Note for a Thriller, or Film” colocou no terreno uma equipa de mais de 40 elementos numa produção que durante 6 dias fez filmagem em locais que passaram por Lisboa, Viana do Castelo e pela Serra de Sintra. Depois, a pós-produção envolveu mais umas dezenas de pessoas em cidades como São Paulo e Lisboa.



E como foi filmar com um telefone? «Foi muito semelhante ao filmar com equipamentos profissionais, e rapidamente nos adaptámos, e transformámos as diferenças “menos boas”, em vantagens. A velocidade com que se muda de posição e o lugar onde se consegue colocar a câmara(telefone) é uma grande vantagem por exemplo. Mas a minha adaptação começou no momento que escrevi o guião, é aí que se tomam as decisões mais importantes. Mas o que o Samsung Galaxy S21 Ultra oferece enquanto registo base é incrível, e depois juntando-lhe uma equipa profissional cheia de talento, não existem impossíveis, o céu é o limite», explica o realizador e guionista de “O ídolo”. A obra estreou no dia 12 de maio e conta a história contar a história das personagens que recebem a difícil missão de transportar um artefacto de valor incalculável a bordo de um navio que faz a travessia transatlântica entre Nova Iorque e Southampton. Um enredo recheado de mistério no qual, durante 20 minutos, o espectador é convidado a tentar resolver este puzzle onde as personagens aparentam… o que não são.
Esta história, passada em 1928, junta um elenco composto por atores nacionais e internacionais. Sendo que, do lado português, as personagens são encarnadas por atores bem conhecidos do público como Tiago Felizardo, Ana Vilela da Costa, Soraia Tavares e Paula Magalhães.
Faça a sua história
O Galaxy S21 Ultra 5G, da Samsung, é o smartphone mais avançado do mundo no que à fotografia e vídeo diz respeito. Um conjunto de lentes muito poderoso, permite capturar imagens realistas, de elevado pormenor e muito fiéis ao original. São estas capacidades que permitiram capturar com qualidade profissional todas as imagens de “O ídolo”.
Destaque: Portugal
O maior fabricante mundial de smartphones está, pelo terceiro ano consecutivo, a associar o lançamento do seu topo de gama à portugalidade. Em 2019, um telefone da Samsung foi usado para fazer aquela que é a maior foto contínua da costa portuguesa; o ano passado, a mítica estrada N2 foi percorrida por dezenas de entusiastas da fotografia; agora, foi o tempo de Pessoa. «Fernando Pessoa é o poeta mais reconhecido do nosso país, um verdadeiro ícone, basta olhar para a sua silhueta para rapidamente associarmos a imagem ao nome. Foi mais do que um artista, foi sociólogo, crítico, ensaísta, personificou a verdadeira alma lusitana e representou-nos a todos enquanto povo. Produzir pela primeira vez um filme que surge de um guião inacabado de Fernando Pessoa é a Samsung a fazer aquilo que nunca tinha sido feito e isso encaixa na perfeição no ADN da marca. É também uma oportunidade de dar ao público português um produto artístico que tem como base a criatividade de um dos seus maiores heróis literários e não vemos melhor maneia de aproximar a Samsung ao público português”, explica José Correia, diretor de marketing de Produto Mobile, da Samsung Portugal. Esta é, igualmente, uma das formas da empresa concretizar o lema, #DoWhatYouCant. Mote que tem servido para a Samsung desafiar pessoas e comunidades a ultrapassar barreiras que considerem, à partida, intransponíveis. Algo que a maior fabricante mundial de smartphones efetiva ao dar vida a este guião de Fernando Pessoa escrito há quase 100 anos.
E agora está na altura de ver a curta-metragem captada com o topo de gama da Samsung