O Padrinho, Amarcord, Rocco e Seus Irmãos, Dolce Vita e Oito e Meio são apenas algumas das obras-primas do cinema mundial com a banda sonora assinada por Nino Rota, nascido em Milão há precisamente um século. Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, no âmbito da Quinzena Nino Rota, o Teatro Nacional de São Carlos apresenta, de 14 a 21 de maio, a sua ópera Il Cappello di Paglia di Firenze numa nova produção com encenação de Fernando Gomes e direcção musical de João Paulo Santos. De destacar ainda realização, no dia 12 de Maio, de uma mesa redonda sobre a carreira deste compositor, muito conhecido pelas colaborações com o cineasta Federico Fellini, moderado pela actual directora da Cinemateca, Maria João Seixas, e um concerto – com data ainda a anunciar – dirigido pelo maestro João Paulo Santos.
O nome de Nino Rota está associado à composição musical para cinema na Itália do pós-guerra, sobretudo com as parcerias efectuadas com Federico Fellini. A sua produção musical abarcou, no entanto, vários géneros musicais apresentados desde a sala de concertos ao teatro de ópera, marcada por uma estética e processos de composição ecléticos.
Nino Rota iniciou a composição da farsa em quatro actos, Il Cappello di paglia di Firenze, em 1945, terminando apenas em 1955 devido à pressão exercida por Simone Cuccia, director do Teatro Massimo em Palermo.