Chama-se Metropolitan e era suposto atracar no Terminal de Cruzeiros de Lisboa, pelo menos até domingo, 6 de outubro. A organização prometia uma “experiência imersiva” com muita música, shopping, gastronomia e arte, mas tudo acabou com um balde de água fria: um evento cancelado à última hora e sem explicações.
A VISÃO chegou a entrar e a fazer uma visita guiada na quinta-feira, dia da inauguração, mas à hora marcada para a abertura, às 18h, ainda se faziam montagens. O atraso era evidente, e só duas horas depois é que as portas foram abertas, a meio gás. Foi só horas mais tarde, já no dia seguinte, que a organização anunciou pelas redes, sem dar quaisquer explicações, o cancelamento do evento. Falta de licenças é a razão apontada por fontes próximas, mas não foi confirmada.
A entrada fazia-se por uma porta cor-de-rosa que simbolizava a passagem para o imaginário deste bairro pop-up, que era suposto aparecer e desaparecer das cidades. Oito contentores formam diferentes ruas (Metropolitan Art Street, Wine Garden ou Pink Street) com lojas instaladas, carinhas de streefood e até mesmo um barbeiro.
Da programação, faziam parte as intervenções artísticas de Catarina Glam, Mariana Imaginário e Vanessa Teodoro, bem como concertos de Tiago Nacarato, Janeiro, Ive Greice ou Ricardo Toscano e Fuse Records.
Catarina Vasconcelos, uma das responsáveis pelo projeto, explicou quinta-feira à VISÃO, antes do anúncio do cancelamento, que começou “a pensar neste projeto em janeiro de 2018. Foi uma ideia que se foi formando. O bairro foi aparecendo aos poucos.” Apareceu, mas não desapareceu num ápice.