Atualmente, o selo é aplicado com recurso a uma técnica direta de compressão – de metal contra metal – que faz com que o selo fique marcado. Esta técnica apresenta algumas desvantagens, nomeadamente, a imprecisão no contorno do selo, o que obriga a um minucioso trabalho de acabamento, ou o facto de o selo não poder ser aplicado em materiais mais frágeis.
Mas no dia 16 de setembro foi anunciado que o Punção de Genebra passará a ser gravado com recurso a uma nova técnica de nanotecnologia que, antes de mais, evita o contacto direto de metais.
Denominada ‘gravação nanoestrurante’, este novo tipo de gravação é baseada num princípio de eletrólise – o envio de múltiplos impulsos elétricos para a superfície a gravar.
As vantagens da utilização desta nova tecnologia são de vária ordem, a começar pelo facto de a ausência de contacto entre metais permitir a aplicação do selo em produtos muito finos e delicados. Por outro lado, tanto os metais de maior dureza, como os materiais mais frágeis poderão ser gravados, sem qualquer dano. Ainda a destacar o facto de este processo garantir uma melhor definição de contornos, ao mesmo tempo que pode ser aplicado em qualquer uma das etepas da montagem – tanto nas peças isoladas, como no relógio já montado – pois não há constrangimentos derivados do contacto direto.
Esta nova etapa virada para o futuro do Punção de Genebra é o resultado da parceria entre o Timelab (entidade responsável pela certificação), o laboratório da Faculdade de Ciência da Universidade de Genebra (UNIGE) e a rede MaNEP (Materiais com novas propriedades eletrónicas), uma organização sem fins lucrativos sediada em Genebra.
Apesar de, tecnicamente, o Punção de Genebra ter deixado de ser um selo/uma marca, não haverá qualquer alteração no nome atual da certificação.
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